ATA DA QUADRAGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 29-5-2006.

 


Aos vinte e nove dias do mês de maio do ano de dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Aldacir Oliboni, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Dr. Goulart, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Margarete Moraes, Maria Celeste, Neuza Canabarro e Raul Carrion. Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elói Guimarães, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Paulo Odone, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, os Pedidos de Providência nos 1267 e 1268/06 (Processos nos 3008 e 3009/06, respectivamente), a Indicação nº 020/06 (Processo nº 3010/06) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 109/06 (Processo nº 2873/06); pelo Vereador Aldacir Oliboni, o Pedido de Providência nº 1166/06 (Processo nº 2775/06); pelo Vereador Cassiá Carpes, os Pedidos de Providência nos 1199 e 1219/06 (Processos nos 2881 e 2925/06, respectivamente) e o Pedido de Informação nº 127/06 (Processo nº 2815/06); pelo Vereador Elias Vidal, os Pedidos de Providência nos 1195 e 1196/06 (Processos nos 2860 e 2861/06, respectivamente); pelo Vereador Haroldo de Souza, os Pedidos de Providência nos 1220, 1221, 1222, 1223, 1224, 1225, 1226, 1227, 1228, 1229, 1230, 1231, 1232, 1233, 1234, 1235, 1236, 1237, 1238, 1239, 1240, 1241, 1242, 1243, 1244, 1245, 1246, 1247 e 1284/06 (Processos nos 2926, 2927, 2928, 2929, 2930, 2931, 2932, 2933, 2934, 2935, 2936, 2937, 2938, 2939, 2940, 2941, 2942, 2943, 2944, 2945, 2946, 2947, 2948, 2950, 2951, 2952, 2053, 2954 e 3072/06, respectivamente); pelo Vereador José Ismael Heinen, o Pedido de Providência nº 1260/06 (Processo nº 2987/06); pelo Vereador Márcio Bins Ely, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 009/06 (Processo nº 2479/06); pela Vereadora Maristela Meneghetti, a Indicação nº 018/06 (Processo nº 2864/06); pelo Vereador Maurício Dziedricki, o Projeto de Resolução nº 066/06 (Processo nº 1745/06); pela Vereadora Neuza Canabarro, o Pedido de Providência nº 1254/06 (Processo nº 2969/06), a Indicação nº 019/06 (Processo nº 2970/06) e o Projeto de Resolução nº 076/06 (Processo nº 2949/06); pela Vereadora Sofia Cavedon, os Pedidos de Informação nos 128 e 134/06 (Processos nos 2818 e 2876/06, respectivamente). Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria da Vereadora Sofia Cavedon, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando o desarquivamento do Projeto de Lei do Legislativo nº 082/02 (Processo nº 1455/02). Também, foi apregoado o Ofício nº 404/06, de autoria do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 019/06 (Processo nº 2990/06). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 10126142, 10126332, 10127009, 10127085, 10127137, 10127386, 10127752, 10128102 e 10128370/06, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Na ocasião, o Senhor Presidente determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas da Trigésima Terceira, Trigésima Quarta e Trigésima Quinta Sessões Ordinárias e da Décima Quinta e Décima Sexta Sessões Solenes, que foram aprovadas, constatada a existência de quórum deliberativo. Em prosseguimento, o Senhor Presidente informou que, por iniciativa da presidência desta Casa e da Secretaria Municipal de Esportes, Recreação e Lazer, juntamente com os gabinetes dos Vereadores Adeli Sell, Professor Garcia e da Vereadora Sofia Cavedon, este Legislativo participará do Dia do Desafio – Driblando a Inatividade, organizado pelo Serviço Social do Comércio – SESC –, promovendo atividade física leve neste Plenário, às quatorze horas do dia trinta e um de maio do corrente. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor João Roberto Menezes, Presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas, Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Rio Grande do Sul – SINDISAÚDE-RS –, que abordou o sistema de saúde vigente em Porto Alegre, destacando que não se tem verificado a disponibilização de novos leitos, mas o fechamento de hospitais da Cidade. Nesse sentido, relatou problemas financeiros e estruturais enfrentados pelo Hospital Beneficência Portuguesa, solicitando apoio para que sejam liberados os empréstimos necessários para o pagamento de salários dos funcionários e de dívidas que hoje possui essa instituição. A seguir, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Cassiá Carpes, João Antonio Dib, Claudio Sebenelo, José Ismael Heinen, Aldacir Oliboni, Raul Carrion e Ervino Besson manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Carlos Comassetto avaliou a importância do Hospital Beneficência Portuguesa para os porto-alegrenses, comentando a manifestação de hoje do Senhor João Roberto Menezes, em Tribuna Popular, sobre problemas financeiros enfrentados por essa instituição. Ainda, propugnou pelo repasse, pelo Governo Estadual, de recursos para o setor de saúde, que, segundo Sua Excelência, são devidos ao Município. O Vereador João Antonio Dib reportou-se ao pronunciamento do Vereador Carlos Comassetto, em Comunicação de Líder, referente ao Hospital Beneficência Portuguesa, declarando que a situação econômica do Governo Estadual é precária e considerando inviável o repasse de mais verbas ao Município. Também, sugeriu a promoção de campanhas junto à sociedade porto-alegrense, para que sejam efetuadas doações que viabilizem o pagamento das dívidas desse Hospital. Às quinze horas e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e quatro minutos, constatada a existência de quórum. Após, o Vereador João Antonio Dib formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando ao Executivo Municipal esclarecimentos atinentes ao reajuste salarial dos municipários de Porto Alegre, de acordo com a Lei Municipal nº 9.879/05. Em prosseguimento, foi iniciado o GRANDE EXPEDIENTE, tendo o Senhor Presidente informado que, durante esse período, seria realizada homenagem ao transcurso do nonagésimo terceiro aniversário do Grêmio Beneficente de Oficiais do Exército – GBOEX. Compuseram a Mesa: o Vereador Dr. Goulart, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; os Coronéis Sérgio Luís Lhullier Renk e Ney Leite Xavier, respectivamente Presidente do Conselho Deliberativo e Diretor-Executivo do GBOEX – Previdência Privada –; e o Tenente-Coronel João Chrisóstomo, representando o Comando Militar do Sul. Ainda, como extensão da Mesa, foram registradas as presenças do Senhor Antônio Carlos Pereira Lopes, Diretor-Presidente da Companhia Confiança do Grupo GBOEX, e do Aspirante Meireles, representando o Colégio Militar de Porto Alegre. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador José Ismael Heinen lembrou a fundação do GBOEX, em vinte e quatro de maio de mil novecentos e treze, inicialmente denominado Grêmio dos Oficiais Reformados, cujo objetivo essencial era a defesa dos interesses da classe militar e o amparo às famílias de associados falecidos. Além disso, declarou que essa instituição orgulha a comunidade porto-alegrense, tendo se transformado em uma das mais sólidas empresas de previdência privada do País. A Vereadora Mônica Leal saudou o Grêmio Beneficente de Oficiais do Exército, afirmando que essa entidade, em seus noventa e três anos de existência, sempre se caracterizou pelo investimento no potencial humano, pela competência, pioneirismo, responsabilidade e preocupação com o bem-estar de seus associados e da sociedade na qual se encontra integrada. Nesse sentido, citou projetos desenvolvidos pelo GBOEX, direcionados às áreas de educação, saúde e assistência social. Em continuidade, o Senhor Presidente convidou o Vereador José Ismael Heinen para proceder à entrega, ao Coronel Sérgio Luís Lhullier Renk, de Diploma alusivo à presente solenidade e concedeu a palavra a Sua Senhoria, que, em nome do Grêmio Beneficente de Oficiais do Exército, agradeceu a homenagem hoje prestada por este Legislativo. Às quinze horas e trinta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e trinta e nove minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, foi apregoado o Ofício nº 393/06, de autoria do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 001/06 (Processo nº 2891/06). Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora Sofia Cavedon comentou Audiência Pública sobre segurança, promovida neste Legislativo no dia vinte e seis de maio do corrente, pela Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana. Também, enfocou casos relatados nessa Audiência, de situações de violência observadas em escolas de Porto Alegre, destacando a forma como essa questão foi tratada pelo Partido dos Trabalhadores quando na direção do Governo Municipal. O Vereador Carlos Todeschini lamentou a ausência dos Secretários Municipal e Estadual responsáveis pela área da segurança em Audiência Pública organizada pela Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana no dia vinte e seis deste mês. Ainda, cumprimentou o Governo Federal pela liberação de verbas para programas de agricultura familiar, declarando que investimentos nesse setor resultam diretamente na ampliação do mercado de trabalho e geração de renda. O Vereador Claudio Sebenelo criticou a gestão do Senhor Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente da República, contestando o pronunciamento de hoje do Vereador Carlos Todeschini, em Comunicações, acerca da liberação de verbas federais para projetos de agricultura familiar. Da mesma forma, chamou a atenção para reduções verificadas no ano de dois mil e cinco nas verbas do Orçamento Federal destinadas ao setor de segurança pública. A Vereadora Clênia Maranhão analisou o crescimento da violência urbana observada na sociedade contemporânea, declarando que não estão sendo concretizadas ações públicas que viabilizem o adequado enfrentamento desse problema. Igualmente, afirmou que o Governo Federal não assumiu sua responsabilidade no combate ao crime organizado, propugnando por maior planejamento e pela implantação, no País, de políticas efetivas na área de segurança. O Vereador Ervino Besson teceu considerações relativas aos assassinatos das jovens Juliana Vargas Peres e Daiane Vargas, ocorridos nos dias vinte e três e vinte e seis deste mês, em vila da periferia do Município de Torres – RS. Quanto ao tema, protestou contra o fato de o responsável por essas mortes não ter sido preso imediatamente após a descoberta da primeira vítima, mas apenas notificado pela Polícia Civil, o que teria permitido a ocorrência de mais um crime. Na oportunidade, por solicitação do Vereador Ervino Besson, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma às jovens Juliana Vargas Peres e Daiane Vargas, assassinadas nos dias vinte e três e vinte e seis deste mês no Município de Torres – RS. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora Manuela d'Ávila registrou o lançamento, ontem, no Auditório Dante Barone da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, do movimento Nação Hip-Hop Brasil. Além disso, enfatizou a importância desse movimento como alternativa de organização e conscientização da juventude porto-alegrense, em especial de grupos residentes na periferia do Município, em suas mobilizações por inclusão social e melhor qualidade de vida. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 094 e 095/06, discutidos pelos Vereadores Carlos Todeschini, José Ismael Heinen, João Antonio Dib, Margarete Moraes e Carlos Comassetto; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 064/06, discutido pelo Vereador Carlos Comassetto; em 3ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 104/06. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Maristela Maffei analisou os resultados das últimas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais a serem realizadas em outubro deste ano, destacando o alto índice de aprovação do Senhor Luiz Inácio Lula da Silva entre a população de baixa renda. Nesse sentido, argumentou que esse resultado é decorrente do reconhecimento, pelos brasileiros, dos investimentos do Governo Federal em infra-estrutura e programas sociais. O Vereador Dr. Goulart criticou obra de arte referente a personalidades da História brasileira, exposta no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, atribuindo a esse painel um viés ideológico e questionando a ausência do ex-Prefeito Municipal, José Loureiro da Silva, e do ex-Presidente da República, João Goulart, nesse mural. Também, discorreu acerca da trajetória política de João Goulart, enaltecendo sua contribuição para a classe trabalhadora brasileira durante sua carreira. O Vereador José Ismael Heinen comentou o Programa de Arrendamento Residencial da Caixa Econômica Federal, alegando que existem pessoas que aguardam financiamento habitacional há anos e não foram contempladas por essa iniciativa. Ainda, divergiu do Ministro Tarso Genro, acerca do sistema previdenciário adotado no Brasil, e questionou critérios do Governo Federal para a liberação de verbas orçamentárias. O Vereador Claudio Sebenelo desaprovou a gestão do Senhor Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República, mencionando acusações de envolvimento de integrantes do Governo Federal em casos de corrupção e desvio de verbas públicas. Além disso, manifestou-se contrariamente à forma como são realizados financiamentos da Caixa Econômica Federal, contestando as taxas de juros praticadas e o número de loterias organizadas por essa instituição. Após, o Vereador Adeli Sell formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando sejam tomadas providências pela presidência, relativamente ao atraso na devolução de Projetos de Lei desta Casa, que se encontram no Poder Executivo para a realização de diligências. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Bernardino Vendruscolo teceu considerações acerca de pronunciamentos realizados durante a presente Sessão, afirmando que buscará, junto ao Governo Estadual, respostas a questionamentos formulados pelos Vereadores Dr. Goulart e Carlos Comassetto. Nesse contexto, divergiu do pronunciamento do Vereador Ervino Besson em relação a assassinato ocorrido em Torres, sustentando que é necessária base legal para a prisão de qualquer suspeito. O Vereador Raul Carrion elogiou os resultados do 2º Feirão da Casa Própria, promovido pela Caixa Econômica Federal, informando o número de contratos fechados durante esse evento para financiamento da compra, construção e reforma de imóveis. Também, referiu-se a notícias de envolvimento de Parlamentares integrantes de Partidos Políticos de oposição ao Governo Federal em casos de corrupção e destinação irregular de recursos públicos. A Vereadora Clênia Maranhão, mostrando-se contrária ao teor do pronunciamento do Vereador Raul Carrion, em Comunicação de Líder, asseverou que a existência de casos de corrupção em outros Partidos não diminui a gravidade das acusações contra o Governo Federal. Em relação ao assunto, considerou inadmissível e retrógrada a postura de se justificar ações ilegais pela sua existência em outras épocas, exclamando que esse tipo de argumentação é prejudicial à democracia brasileira. O Vereador Elói Guimarães desaprovou o discurso do Vereador Raul Carrion, em Comunicação de Líder, considerando que práticas ilegais por detentores de cargos públicos não se justificam pela existência de irregularidades em Partidos de oposição ao Governo. Nesse sentido, desaprovou a gestão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Governo Federal, recordando o envolvimento de políticos e empresários ligados ao Partido dos Trabalhadores em casos de corrupção e desvio de verbas públicas. Na ocasião, os Vereadores Raul Carrion, Ibsen Pinheiro e Luiz Braz manifestaram-se acerca do teor do pronunciamento do Vereador Elói Guimarães, em Comunicação de Líder. Também, o Vereador Elói Guimarães formulou Requerimento verbal, solicitando a retirada de termos constantes no pronunciamento do Vereador Raul Carrion, em Comunicação de Líder da presente Sessão. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Dr. Goulart, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, conforme definido pelo Colégio de Líderes. Em Discussão Geral e Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 263, 299 e 308/05, 017, 023, 026 e 048/06. Foram votados conjuntamente e aprovados, em Discussão Geral e Votação, os Projetos de Resolução nos 159/05, 009, 014, 017, 026, 038, 042 e 059/06 e, em Votação, o Requerimento nº 088/06. Em continuidade, foi aprovado Requerimento de autoria do Vereador Sebastião Melo, solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Lei do Legislativo nº 208/03 (Processo nº 3743/03). Às dezessete horas e cinqüenta e quatro minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para a realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às dezoito horas e oito minutos, constatada a existência de quórum. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 052/04, por vinte e seis votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Paulo Odone, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, estiveram os Projetos de Resolução nos 093 e 094/05. Às dezoito horas e treze minutos, o Senhor Presidente informou que nada mais havia a tratar e declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Dr. Goulart, Luiz Braz, Margarete Moraes e Maristela Maffei, esta nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados pelo Vereador Haroldo de Souza. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 

 


O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Lembramos aos Srs. Vereadores que aqui no plenário da Câmara acontecerão atividades, no dia 31 de maio, das 14h às 14h15min, em função do Dia do Desafio - Driblando a Inatividade, no qual os Vereadores farão exercícios adequados à sua roupa, com a qual permanecerão trabalhando no plenário. A solicitação é desta Presidência, da Secretaria de Esportes e dos Vers. Sofia Cavedon, Professor Garcia e Adeli Sell. Atendendo ao pedido, o Prefeito assinou a parceria com o SESC, para que façamos o Dia do Desafio, no dia 31 de maio às 14 horas.

Solicito ao nosso Secretário, Ver. Haroldo de Souza, que nos empreste a sua voz para dar ciência ao Plenário das proposições que nos chegaram.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO (Haroldo de Souza): (Lê as proposições apresentadas à Mesa.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Ver. Haroldo de Souza.

 

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

O Sr. João Menezes, Presidente do Sindisaúde, está com a palavra, para tratar de assunto relativo à situação salarial dos bravos funcionários do Hospital Beneficência Portuguesa. (Palmas.)

 

O SR. JOÃO MENEZES: Boa-tarde, Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; demais Vereadores desta Casa; boa-tarde aos colegas do Beneficência Portuguesa e demais participantes desta Sessão. A saúde é um tema que sempre vem na ocasião das eleições, está sempre no plano de candidatos a cargos eletivos, e todos reconhecem a precariedade desse tema. No entanto, não conseguimos, até hoje, uma solução que atenda à população, que atenda a todos os trabalhadores e usuários do nosso sistema.

O Sindisaúde não tem notícia, há muito tempo, de abertura de novos leitos aqui neste Município. O Sindisaúde tem notícia, sim, de fechamento de hospitais. Nós tivemos o fechamento do Hospital Lazzarotto, nós tivemos o fechamento do Hospital Maia Filho e, agora, estamos aqui defendendo o Hospital Beneficência Portuguesa, um hospital de suma importância para esta Cidade, um hospital que tem sido fundamental para o sistema hospitalar de Porto Alegre, na medida em que, conveniado com a Secretaria Municipal de Saúde, tem conseguido pegar todo o excedente das emergências do Hospital de Clínicas e do Hospital de Pronto Socorro. Este tem sido o papel desse importante Hospital de Porto Alegre: pegar o excedente dessas emergências que vivem lotadas na cidade de Porto Alegre.

No entanto, ele sofre de um problema comum a vários hospitais, que são as administrações desastrosas que tiveram no passado, que elevaram a sua dívida, que aumentaram o seu passivo trabalhista. Hoje, os trabalhadores, com três meses de salários atrasados, não puderam mais suportar essa situação, por mais que tenham sido compreensivos, na medida em que há três anos vêm suportando isso, recebendo seus salários sempre com atraso, mas atendendo com a mesma qualidade e eficiência a população de Porto Alegre, o usuário do Sistema Único de Saúde.

O Beneficência Portuguesa é um hospital com 137 leitos, que estão hoje fechados, justo no momento em que o inverno está chegando e, com ele, as doenças inerentes a esta época do ano. Porto Alegre necessita desses leitos.

Então, estamos aqui, Sr. Presidente, Dr. Goulart, com os trabalhadores, reivindicando o apoio desses representantes da população de Porto Alegre para que nos ajudem a buscar uma solução para o Beneficência Portuguesa, pela sua fundamental importância, no sentido de que esses trabalhadores possam retornar para aquele estabelecimento, abri-lo e voltar a atender a população de Porto Alegre com qualidade e eficiência. Nós queremos sair dessa situação de greve imediatamente, sabendo da importância do trabalho e sabendo da necessidade dessa população.

Para isso, nós pedimos o apoio desta Casa para que, junto ao Governo do Estado, nos ajude a articular ações que já vêm sendo articuladas pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Prefeito desta Cidade, mas, acreditamos, não com a devida força, porque, se fosse com a devida força, já estaríamos trabalhando e não na frente do Hospital aguardando uma solução. Por isso, pedimos a intermediação, uma interferência desses representantes da comunidade, para que, junto ao Governo do Estado, junto ao Governador Rigotto, busquem o que foi proposto num acordo fechado em março, quando houve um pedido até de suspensão da greve; com a devida compreensão, os trabalhadores atenderam a esse pedido e suspenderam o movimento por 30 dias, aguardando uma solução. Ao final desse prazo, não foi possível ser cumprido o acordo por parte da Secretaria Municipal de Saúde, que era no sentido da busca de recursos junto ao Governo do Estado e junto ao Governo Federal. Tivemos o retorno de que, para se conseguir esse recurso, que é um empréstimo de 1 milhão de reais junto ao Banrisul, há necessidade de garantias. E, hoje, o Hospital Beneficência Portuguesa não tem como dar garantias, porque as gestões passadas “queimaram” esse Hospital no comércio, na praça de Porto Alegre. Então, não tem como dar garantia, senão o trabalho valoroso dos seus trabalhadores. Esta é a garantia que se tem; esta é a garantia que se pode dar.

Então, neste momento, nós pedimos o apoio de vocês para que o nosso Governador Germano Rigotto possa viabilizar, junto ao Banrisul, o empréstimo de 1 milhão de reais, o que solucionaria o problema desses três meses de salários atrasados que os trabalhadores vêm enfrentando. São três meses em que o orçamento familiar não é atendido; as necessidades são muitas e eles já não suportam mais.

Então, este é o pedido que o Sindisaúde, representante desses trabalhadores, vem fazer a esta Casa, neste momento: apoio para uma solução que foi solicitada junto à Secretaria Municipal de Saúde, junto ao Prefeito Fogaça. Não é dinheiro a fundo perdido, não estamos pedindo esmolas: estamos pedindo é empréstimo para pagar com a nossa força de trabalho. Esta é a nossa proposta. Mas, para tanto, quando não se tem o nome limpo na praça, o que se pode é garantir com a força de trabalho desses trabalhadores que aqui estão, nesta Câmara, pedindo e buscando o apoio de vocês. Era isto, Sr. Presidente, Dr. Goulart. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Muito obrigado, Presidente. Convidamos o Sr. João Menezes a fazer parte da Mesa.

O Ver. Cassiá Carpes está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, quero saudar a presença do João Menezes, nesta Tribuna, nesta Casa, Casa do Povo de Porto Alegre, e dizer que o Banrisul deve ser, sim, sensível às reivindicações dessa categoria e desse Hospital, até porque o Banrisul, no meu entender, ajuda muitas instituições, e algumas até não tão valiosas como as que trabalham para a Saúde.

Portanto, eu acredito que a saúde é, em primeiro lugar, o trabalho de vocês, e em segundo lugar o da população; e o Banrisul deve olhar para essa questão social. Eu não tenho dúvida de que, com a sensibilidade do Governador, com a sensibilidade do Banrisul - que, volto a frisar, ajuda desde o esporte até a agricultura -, se pode, muito bem, neste momento, fazer um mutirão de solidariedade, ajudando essa entidade, até porque a Saúde no Brasil está um caos, e, conseqüentemente, esta Casa não pode deixar fechar uma casa, uma instituição dessa natureza, que emprega milhares de pessoas e atende milhares de pessoas da nossa população. (Palmas.) Portanto, a sua reivindicação é justíssima, e esta Casa coloca à disposição a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, da qual sou Vice-Presidente, para que possamos fazer um debate, porque entendo que a sua reivindicação e a da sua categoria são justas. Principalmente, quem está reivindicando é a população de Porto Alegre por um hospital digno e de qualidade, porque vocês fizeram essa instituição. Agradeço pela sua presença; um abraço, estamos aqui à disposição. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, meu caro João Menezes, Presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas, Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do Rio Grande do Sul, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, é com muita satisfação que falo em nome da Bancada do PMDB, Vers. Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, Bernardino Vendruscolo e Sebastião Melo; e, também, em nome do meu Partido - Ver. João Carlos Nedel, Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente; Verª Mônica Leal e este Vereador.

Em primeiro lugar, quero dizer que gosto muito da Beneficência Portuguesa, os meus três filhos nasceram lá. Em segundo lugar, quero dizer que o problema da Beneficência não se reduz a 1 milhão de reais, que já deveria ter sido dado. (Palmas.) Há a necessidade de um entendimento de toda a sociedade porto-alegrense, de toda a sociedade gaúcha, para que se encontre uma solução, porque esse 1 milhão de reais vai resolver o problema por alguns momentos, não vai resolver o problema da Beneficência.

Eu lembro aqui a extraordinária figura de José Loureiro da Silva, quando disse, na Rádio Guaíba, que em Porto Alegre, no Pronto Socorro, precisavam um equipamento novo de raio X, e, 72 horas depois, a população de Porto Alegre tinha dado ao Pronto Socorro o melhor equipamento de raio X que havia, na oportunidade, em todo o mundo. E foi instalado, porque é necessário mostrar à população que se fala aqui em tombamento, em patrimônio histórico, mas não há patrimônio maior na Saúde de Porto Alegre do que a Beneficência Portuguesa; grandes médicos passaram por lá, emprestaram o seu trabalho, a sua colaboração; os seus servidores são extremamente dedicados, trabalharam sem receber salário, sem ter as mínimas condições.

 Então, eu acho que não é só esse 1 milhão de reais que vai resolver o problema, não vai resolver nada! Nós precisamos motivar a sociedade, mas é claro que o Governo tem de ser motivado. O Governo tem responsabilidade, tanto o Governo do Estado como o Governo Federal e o Governo Municipal, todos têm responsabilidade! Mas eu acho que a Comissão de Saúde desta Casa e a Presidência poderiam levantar, junto com eles, uma campanha, para que, em uma conta aberta no Banrisul, fossem feitas doações. E eu tenho certeza de que a população acorreria em massa para atender, como atendeu no passado o clamor do Prefeito José Loureiro da Silva para o Pronto Socorro.

Nós - o PMDB e o PP - desejamos a vocês, que trabalham da forma que trabalham, com dedicação, carinho e zelo, que tenham sucesso e que consigam levar a Beneficência Portuguesa para o lugar que ela merece na história da Saúde da cidade de Porto Alegre. Saúde e PAZ! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Agora, falará, pelo PSDB, o Vereador, médico tão perto das lutas pela Saúde, principalmente pela Saúde Pública.

O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. João Menezes, Presidente do Sindicato dos Profissionais da Saúde, tenho um orgulho muito grande de ser um funcionário da Saúde também, e quero-lhe dizer, João, que as mazelas dos hospitais e de todo o sistema de saúde brasileiro estão muito ligadas a uma tabela de preços, que até hoje, há mais de 20 anos, não é tocada, e isto é inadministrável. E, se há algo responsável por uma falência completa de todo o sistema hospitalar brasileiro, indiscutivelmente é a tabela do SUS, que tem que ser reformulada e tem que dar, no mínimo, elementos para que haja a subsistência de um dos hospitais mais tradicionais, mais importantes da história de Porto Alegre: a nossa querida e velha Beneficência, que não pode, desta forma, permanecer, como V. Sa. disse muito bem: “Não somos indigentes, não estamos pedindo esmolas, queremos pagar com o nosso trabalho”. (Palmas.) Então, V. Exª tem todo o cadastro do mundo para fazer esse tipo de reivindicação, porque o Sindisaúde pode ser o avalista; o Sindisaúde, sendo avalista, vai pagar até o último tostão, não vai ficar devendo nada para ninguém. A história do Sindisaúde é uma história de bravura, uma história, inclusive, de resgate dos nossos direitos e, principalmente, da dignidade de um hospital que tem uma história fantástica, maravilhosa; mais do que isso: é um dos esteios da nossa gente, que, muitas vezes, tem um poder aquisitivo baixo ou nenhum poder aquisitivo, e, chega lá, e as portas estão abertas, o carinho é sempre o mesmo. Principalmente, pela sua localização, pela importância desse Hospital e por tudo que vai fazer ainda, esse empréstimo é para ontem. E, se precisar do aval, esta Casa está junto. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo Sr. Presidente desta Casa, Ver. Dr. Goulart, quero cumprimentar o Sr. João Menezes, Presidente do Sindisaúde. Em nome do Partido da Frente Liberal, quero também trazer a nossa solidariedade a essa causa, a de um dos hospitais pioneiros de Porto Alegre, a nossa Beneficência Portuguesa, que está no coração de todos porto-alegrenses e enraizado dentro deste corpo, porque eu também fiz uma cirurgia naquele Hospital. Eu tenho a certeza de que é um momento de tristeza vermos funcionários terem de fazer greve, talvez até para salvar a Saúde da nossa Cidade. Esses heróis, os baluartes, eu tenho certeza de que eles voltarão; eles estão aqui para voltarem e não deixarão que Porto Alegre perca hospitais; farão com que Porto Alegre aprimore seus hospitais, que Porto Alegre construa, se preciso for, mais hospitais; mas jamais deixarão fechar um hospital. Tenham a nossa solidariedade no que for possível, até o impossível, para que isso seja realizado. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre Presidente, Dr. Goulart; Presidente do Sindisaúde, João Menezes; colegas trabalhadores aqui presentes, o Gilnei, o Gilmar, o Vander, enfim, inúmeros companheiros e companheiras que lutam pela causa da Saúde; Srs. Vereadoras e Srs. Vereadores, público que acompanha o Canal 16. O João, Presidente do Sindisaúde falou muito bem inicialmente. Nós ficamos também muito preocupados quando esse tema da Saúde se torna um dos temas prioritários principalmente em campanhas. Como dizia o nosso Governador do Estado, lá no início da sua caminhada, ele queria implementar um posto de saúde a cada quilômetro; enfim, demonstrava que a Saúde era prioridade na sua plataforma de Governo. Infelizmente, as coisas passam e não acontecem. É o que está acontecendo também no Governo Municipal, onde inúmeros postos de saúde estão sendo fechados, e a população fica aquém da expectativa ou da necessidade.

Nós, enquanto Bancada do Partido dos Trabalhadores, estamos acompanhando de perto, e principalmente a Comissão de Saúde desta Casa tem ido a todas as comunidades e tem percebido o descaso com a Saúde. Não é diferente agora com o Hospital Beneficência Portuguesa, onde há mais de três meses os salários não estão sendo pagos.

É lógico que a greve é um direito constitucional, mas nem isso convence os diretores dessas unidades a buscarem uma saída. O Sindisaúde vem aqui intermediar e apelar para que nós possamos ajudar. E não estão pedindo esmola, como falou o Presidente, estão pedindo apenas um apoio desta Casa para que nós intermediemos o empréstimo de 1 milhão de reais, que serão pagos, inclusive, pelo trabalho, como falou o João, pelo trabalho dos servidores. Já foi negociado o aumento das cotas naquela unidade hospitalar. Então, é nesse sentido que a Bancada do PT está solidária, está apoiando essa iniciativa, e, Dr. Goulart, Presidente, acho que cabe posteriormente a esta Plenária, encaminhar um documento ao Governador do Estado no sentido de que nós estamos apoiando a iniciativa. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Raul Carrion está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. RAUL CARRION: Em primeiro lugar, em meu nome e em nome da Verª Manuela d’Ávila, nós queríamos trazer a solidariedade do Partido Comunista do Brasil, o PCdoB, ao Sindisaúde, a toda a categoria e à própria Instituição. Nós entendemos que não é uma mera empresa que deva ser julgada em termos de lucratividade ou não, que está em risco de desaparecer ou ser desativada, mas é uma instituição histórica da nossa Cidade, que tem um grande papel no atendimento à Saúde da nossa população, que todos nós sabemos que é extremamente precária ainda, por todas as dificuldades históricas acumuladas.

Nesse sentido, é preciso que todos os Governos, o Município, o Estado, a própria União encontrem um caminho para salvar a Beneficência Portuguesa. E nós achamos que, através da Comissão de Saúde, aqui, mas, talvez, se necessário também, encorpada por outros Vereadores, nós possamos intermediar, de imediato, essa questão emergencial do empréstimo do Banrisul. Mas também é uma caminhada mais a médio prazo, porque, evidentemente, esse empréstimo irá somente sanar os problemas imediatos.

Creio, assim como fizemos com o Hospital Vila Nova, que esta Casa pode ser um instrumento importante na busca de uma alternativa que solucione o problema da Beneficência e equacione, de uma forma melhor, a questão da Saúde.

Então, os nossos parabéns ao Sindisaúde, ao seu Presidente, João Menezes, e em seu nome, parabenizamos toda a categoria aqui presente, com a solidariedade do PCdoB. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Ervino Besson está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ERVINO BESSON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, em nome da Bancada do PDT, queremos saudar todos os presentes, e, também, aqueles que estão ausentes, pois estão lá cumprindo com o seu dever.

Não podemos pensar, nem em sonho, no fechamento do Hospital Beneficência Portuguesa. Já foi fechado o Hospital Lazzarotto, que faz muita falta para a cidade de Porto Alegre. A população está crescendo. Agora, o fechamento do Hospital da Beneficência Portuguesa, pelo amor de Deus, não podemos nem pensar nisso!

E isso que foi criada a CPMF - o Brasil é o país que mais paga imposto no mundo - para que esse recurso fosse canalizado para a Saúde, para os hospitais. Se pelo menos a metade desses recursos tivessem sido canalizados para o fim para o qual foram criados, esses hospitais não estariam passando por tantas necessidades.

Também o Hospital Vila Nova está passando por uma fase extremamente difícil.

Portanto, meu caro João Menezes, receba o nosso apoio, a nossa solidariedade, pois estamos todos nessa luta, todas as Bancadas, para resolver o problema do nosso histórico Hospital Beneficência Portuguesa. O nosso carinhoso abraço. Estamos juntos nessa luta de vocês! Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; prezado João Menezes, prezados senhores e senhoras trabalhadores da Saúde, colegas Vereadores e Vereadoras, público que nos assiste, venho a esta tribuna em nome do Partido dos Trabalhadores, em nome da nossa Líder, Verª Sofia Cavedon, e dos seis colegas Vereadores e Vereadoras do PT desta Casa, para trazer, aqui, não só a nossa solidariedade, mas trazer esta discussão para o âmbito da política pública da Saúde e das suas responsabilidades para que o sistema funcione.

Os colegas Vereadores e Vereadoras, aqui, já referiram a excelência e o papel histórico da Beneficência Portuguesa na Saúde Pública de Porto Alegre, mas os seus 340 funcionários estão aqui, nesta Casa, para dialogar, debater e encontrar a solução. E as soluções para o Beneficência Portuguesa, assim como para a Saúde do Município de Porto Alegre, iniciam-se com análises das contradições e do não-cumprimento das responsabilidades constitucionais, principalmente as do Estado do Rio Grande do Sul. Quero dizer isto porque, a cada dia que passa, a dívida da Beneficência Portuguesa aumenta em torno de 20 mil reais. Nós temos lá, hoje, 147 leitos, Dr. Goulart; destes, somente 20, 22 leitos estão ocupados, hoje. O prejuízo é para quem? É para a Saúde Pública de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul.

Portanto, Sr. Presidente, quero dizer, com todo carinho, que há, aqui, a proposta do Sindisaúde de buscar um empréstimo de 1 milhão no Banrisul. Só que eu acredito que nós, aqui nesta Casa, temos que mudar o rumo desta proposta: não tem que pedir empréstimo! O que nós temos que fazer é que o Governo do Estado repasse um bilhão que está devendo constitucionalmente para a Saúde do Rio Grande do Sul. (Palmas.) O Governo do Estado, em 2005 e 2006, passou zero da Saúde para a Saúde de Porto Alegre!

E eu, aqui, trago isso, sim, para a Bancada do PMDB, que está aqui presente, e para os seus aliados no Palácio Piratini. Eu queria que a câmera mostrasse. Está aqui o espelho do repasse do Governo Federal sendo feito, hoje, para o Município de Porto Alegre. Um bilhão. (Mostra documento.) Quinta-feira, eu vim a esta tribuna e mostrei: 450 mil reais do Governo Federal sendo repassados para o Município de Porto Alegre. Portanto, o Governo Federal tem cumprido com a sua parcela. Ainda não é tudo o que queremos, é verdade! Mas tem cumprido, religiosamente.

Eu quero que o Governo do Estado venha aqui a esta tribuna dizer quando, onde e quanto passou para o Governo Municipal, na Saúde, nos anos de 2005 e 2006. Foi dito aqui, neste plenário, pelo Dr. Pedro Gus: passou zero!

Nós não podemos aceitar essa irresponsabilidade constitucional para o Rio Grande do Sul, para com os trabalhadores da Saúde e para com a população de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul - porque a Beneficência Portuguesa não atende somente Porto Alegre, atende também o Rio Grande do Sul. É este o debate que nós temos que fazer aqui nesta tribuna.

Portanto, João, permita-me, eu creio que o caminho correto não é que esta Casa avalize um empréstimo, porque empréstimo é dívida; e quem deve, neste momento, é o Governo do Sr. Germano Rigotto, que está devendo um bilhão para a Saúde do Rio Grande do Sul. (Palmas.) Portanto, não podemos aceitar essa proposta!

Esta Casa tem que ter a dignidade política, temos de sair, aqui, irmanados, para uma audiência com o Governador, para que pague essa dívida para o Rio Grande do Sul, e, de imediato, venhamos a salvar, não só a Beneficência Portuguesa. Ver. Ervino Besson, o hospital do nosso bairro está fechando - o Hospital Vila Nova - pelas mesmas dificuldades, pela falta de repasse do dinheiro para a Saúde de Porto Alegre.

E, mais do que isso: nós temos seis Postos Municipais de Saúde fechados, hoje; é o da Restinga, é na Lomba do Pinheiro, é na Zona Norte, é na Zona Sul. Se isso é em decorrência da falta de recursos, nasce lá no Governo do Estado do Rio Grande do Sul, associado à falta de gerência que estamos tendo, neste momento, no Município de Porto Alegre.

Portanto, senhores e senhoras, venho a esta tribuna, Ver. João Dib, com muita tranqüilidade fazer este debate e trazer aqui as responsabilidades políticas, porque, em breve, entraremos numa nova campanha política pelo Rio Grande do Sul, pela governança do Rio Grande do Sul. E todos aqui estão bem lembrados, e não esquecemos: “Eu farei um posto de saúde a cada quilômetro neste Estado”. Quem disse isso? O mesmo que deve um bilhão para a Saúde Pública do Rio Grande do Sul.

Esta é a meta, esta é a discussão que temos que fazer aqui, sem medo.

Sr. Presidente, em nome do Partido dos Trabalhadores, estamos aqui propondo que esta Casa, com todas as suas Comissões, com todas as Lideranças, peça uma audiência com o Sr. Governador do Estado e com o Sr. Prefeito Municipal, para que, nessa ocasião, esta Casa possa intermediar essa negociação, a negociação de pagar a dívida que o Governo do Estado tem com a Saúde de Porto Alegre, que vai resolver o problema da Beneficência Portuguesa, vai resolver o problema do Hospital Vila Nova, vai resolver o problema do Hospital Parque Belém, vai resolver o problema de muitos postos de saúde que estão fechados.

Então, esta é a nossa posição, muito tranqüila e muito clara. Muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Excelência.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, ouvi o entusiasmado discurso do Ver. Carlos Roberto Comassetto. E parece até que é simples, parece até que é verdade, parece até que é tranqüilo. Nada como ter uma platéia para aplausos.

Mas eu lembro um indivíduo americano, muito rico, cheio de estresse. Aí, disseram que lá na Índia havia um guru que resolvia todos os problemas. Ele não teve dúvidas, tomou seu avião a jato e foi à Índia, atrás do guru. No dia marcado, na hora marcada, ele sentou lá, em primeiro lugar, mas não quis ser atendido. Aguardou que todos fossem atendidos. Quando o guru terminou de atender as 200 pessoas, ele disse: “Mestre, antes de eu dizer o meu problema, eu quero fazer uma pergunta. Posso?”. Ao que o guru respondeu: “Pode”. “Parece-me que o senhor disse para todas as pessoas a mesma coisa, e todos saíram satisfeitos. O que é que o senhor disse?” Ele respondeu: “Realmente, eu disse para todos: simplifica, meu filho, simplifica”.

Ora, o Ver. Comassetto vem pedir do Estado, que está falido, que entregue um bilhão de reais à Saúde? Ele não quer resolver o problema, ele quer fazer discurso! E isso não serve para a Beneficência. O que nós precisamos é de coisas mais simples.

Eu entendo que o Governo do Estado deva interagir com a Prefeitura e com a sociedade, mas não fazer discurso que ele não pode cumprir.

Se está todo o Rio Grande em torno do Governador, em torno do Governo, em torno da Assembléia, vendo que não há dinheiro, nós vamos resolver o problema da Beneficência Portuguesa com o dinheiro que o Estado deve? E eu até nem sei se deve.

Eu estou lembrado que, em 2003, eu contabilizei 427 milhões de reais vindos aqui para Porto Alegre, como o Vereador mostrou agora, ali na tribuna; contabilizei 427 milhões, e ficaram faltando 176, porque só apareceram 251 milhões nas Receitas da Prefeitura. Eu também não sei.

Então, o mais urgente, o mais sério é a simplificação. Ninguém vai fazer empréstimo com o aval do Governo, não se iludam, não existe essa figura. O Governo Municipal pode antecipar, sim - o Presidente já falou isso -, dois, três meses, mas não vai resolver o problema da Beneficência.

Nós precisamos que a sociedade inteira se envolva no assunto, porque temos de fazer isso. Há muitos médicos que trabalharam lá na Beneficência e que, se procurados, vão ajudar. Abram uma conta, e vamos começar a contribuir, todos nós, é importante isso! Agora, fazer discurso para agradar, pelo amor de Deus, não cabe na minha maneira de pensar!

Eu não aceito esse tipo de informação que não tem viabilidade, que não tem possibilidade, e que vai trazer mais miséria, mais dificuldades do que já estão sendo enfrentadas.

O carinho que vocês, servidores da Beneficência, têm demonstrado, os médicos, ou quem esteja lá, é extraordinário. Agora, nós não podemos resolver o assunto dos senhores com palavras, palavras, e mais palavras. Há uma necessidade, sim, de união de esforços. Eu acho que o Estado tem de participar, sim; a Prefeitura tem de participar, mas a sociedade também, não é só esperar.

Há dois anos eu ouço que o Estado deve para a Prefeitura, que deve para todo o Estado; só sei que o Estado não consegue pagar o 13º salário dos seus funcionários, tem que buscar recursos no Banco do Estado do Rio Grande do Sul. Então, de onde vamos tirar esse bilhão do Estado? Ao dizer que é possível, eu estou iludindo as pessoas que me ouvem, e eu não quero iludir ninguém. Eu acho que temos de somar esforços e não fazer discursos. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não havendo mais Vereadores inscritos, esta Presidência gostaria de saudar o Sr. João Menezes, Presidente do Sindisaúde, e o Sr. França, seu assessor, que aqui estão, neste momento, saudando as instituições que lutam pela Saúde. Quero, na figura do nosso colaborador Jocelito, saudar os funcionários que trabalham na Saúde e que se preocupam com os outros funcionários da Saúde. Quero dizer que a Beneficência Portuguesa é um hospital histórico; eu não faço parte da história da Beneficência Portuguesa, mas a Beneficência Portuguesa faz parte da minha história. Na Beneficência Portuguesa, há trinta anos, eu fiz a minha primeira cirurgia como médico ginecologista, e foi a primeira de uma série que se estenderia para além de dez mil cirurgias feitas, por todos esses anos, e quase todas pelo Sistema Único de Saúde, pelo ex-INAMPS.

Quero dizer que a Beneficência Portuguesa precisa ser defendida, porque ela tem leitos que trabalham pelo SUS, e há trinta anos não se abre um hospital novo pelo SUS. Como é que querem fechar um hospital? Isso é um crime contra a Saúde do povo. E me perdoe, Ver. João Dib, nós temos de fazer discursos, sim, discursos acalorados, e mostrar que o caminho da Saúde, daqueles que têm dor, daqueles que sofrem, daqueles que têm medo de morrer e dos que estão morrendo, precisa ser defendido.

Eu estive com o Prefeito da Cidade, e ele quer fazer o pagamento. Disse até que, se o Estado lhe passasse um pouquinho do que está devendo, ele faria o empréstimo de 1 milhão para a Beneficência Portuguesa. Mas para pagar o quê? A comida, o feijão, a roupa, o sabonete, a luz, seus funcionários! É para isso! Então, eu pedi uma audiência com o Governador do nosso Estado, e o Governador não quis receber o Presidente da Câmara Municipal, que está preocupado com a Saúde do seu Município. Mandou-me ao Sr. Secretário Estadual de Saúde. E eu mandei um e-mail ao Secretário dizendo que não é mais assunto de Saúde; é assunto de Estado, porque fala das políticas públicas de Saúde, e que o Governador deveria receber este arauto da Saúde, este que tem falado, desta tribuna, uma vez por semana sobre os Hospitais Vila Nova e Beneficência Portuguesa. E o Governador não quis me receber. Claro que um bilhão, como quer o Ver. Comassetto, é exagerado, é demais, nem tínhamos pensado nisso! Mas 1 milhãozinho, dois milhõezinhos, três milhõezinhos os Governos podem. Não são tão pobres assim que não podem pagar aquilo que os trabalhadores devolverão em trabalho. Nós temos de nos reunir e visitar, em bloco, inclusive, os Vereadores do Governo Fogaça, para que eles também falem com o nosso Governador, porque se ele não adiantar algum dinheiro para a Prefeitura Municipal, então que abra o cofre do Banrisul, que tem um lucro fabuloso em cima dos trabalhadores! E me disseram, também, o Secretário Municipal da Saúde e o Prefeito Fogaça, que há receita com esse trabalho maravilhoso da Beneficência Portuguesa, e que se pode pagar, aos poucos, aquilo que lhe adiantarem! Não fechem mais um hospital em Porto Alegre! É nossa responsabilidade, Srs. Vereadores, vamos para a Saúde, porque o povo espera a nossa decisão! Muito obrigado. (Palmas.)

Estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h03min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart - 15h04min): Estão reabertos os trabalhos.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a V. Exª que, com a máxima urgência, consulte o Executivo sobre as razões do não-cumprimento da Lei nº 9.870, de 30 de novembro de 2005, que estabeleceu periodicidade anual e data-base de reajuste em maio de cada ano, pois os municipários não receberam! Solicito a V. Exª que o faça com a máxima urgência!

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Está, neste momento, sendo solicitado à nossa assessoria, que cumpra o seu pedido, Ver. João Antonio Dib.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

Hoje, este período é destinado a assinalar o transcurso do 93º aniversário do Grêmio Beneficente de Oficiais do Exército - Gboex.

Convidamos para compor a Mesa: Coronel Sérgio Luís Lhullier Renk, Presidente do Conselho Deliberativo do Gboex - Previdência Privada; Coronel Ney Leite Xavier, Diretor Executivo do Gboex - Previdência Privada; Tenente Coronel João Chrisóstomo, representando o Comando Militar do Sul.

Como extensão de Mesa, cito: o Sr. Antônio Carlos Pereira Lopes, Diretor-Presidente da Companhia Confiança do Grupo Gboex e o Aspirante Meireles, representando o Coronel Piaggio, do Colégio Militar de Porto Alegre.

O Ver. José Ismael Heinen, proponente desta homenagem, está com a palavra em Grande Expediente.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e os Srs. Conselheiros do Grupo Gboex: Pedro Chiviacowsky; Aristides Oliveira Melo, Vilmar Carlotto, Azor Tesser, Rui Loyola, Deraci Oleiro, Humberto Lopes Camargo, Antônio Roberto Paim Garrido e Emerson Rogério de Oliveira). Há 93 anos, precisamente em 24 de maio de 1913, um grupo de Oficiais do Exército, idealistas, professores do Colégio Militar de Porto Alegre, uniram-se movidos por objetivos comuns, a fim de defender os interesses da classe militar e, principalmente, amparar a família dos associados falecidos. Assim, meus senhores, nobres colegas, foi criado o alicerce do Grêmio Beneficente de Oficiais do Exército - Gboex, na época denominado Grêmio dos Oficiais Reformados.

São 93 anos construindo tradição, solidez e segurança, transformando-se, ao longo do tempo, numa das mais sólidas empresas de previdência privada. Formado com capital genuinamente nacional - eu diria mais, genuinamente gaúcho, genuinamente porto-alegrense -, é um orgulho para todos nós, nessa sobrevida deste mundo globalizado, respondendo a diversas tentativas de buscar a marca Gboex, ela continua intacta, pertencente aos ideais daqueles que, naquela época, de um sonho a transformaram realidade. É o orgulho dos gaúchos, como eu disse, e dos brasileiros.

Hoje, o Gboex está presente em 35 cidades do País com escritórios avançados e possui cerca de 210 mil associados em todo o Território Nacional, com um patrimônio líquido na casa de 247 milhões de reais.

O mercado exigia expansão, e, em 1965, esse gigantesco empreendimento abriu suas portas para acolher também civis. Em 1974, adquiriu o controle acionário da Confiança Companhia de Seguros, uma seguradora que tem hoje 134 anos, tendo ultrapassado a marca dos 270 mil segurados, atuando prioritariamente na Região Sul do País.

Sempre atento ao competitivo mercado de previdência e seguro, o Gboex não pára de crescer e criar novos produtos que venham a beneficiar sua clientela. Por este motivo, inovou na criação de programas, como, por exemplo, o Viver Gboex, o Viver Mais e o Viver Mulher, que proporcionam mais opções de coberturas e serviços aos seus segurados.

Lembro-me de um sonho dos associados do Gboex, recebedores de pecúlio, que gostariam também de receber parte do seu seguro em vida. Dia 25 de maio, participando das solenidades, pude ouvir de viva voz, como associado do Gboex, que isso também já é uma realidade no nosso grupo Gboex.

A Diretoria do Gboex acredita acima de tudo em indivíduos e instituições comprometidos com a verdade e o bem-estar dos cidadãos. Consciente de que tem que contribuir para metas sociais, por isso é empresa mantenedora do Banco de Alimentos, e, principalmente, do Programa de Auxílio Comunitário ao Toxicômano, além de apoiar eventos artísticos, culturais e esportivos da nossa Cidade e do nosso Estado.

Sempre atento à qualidade dos serviços que oferece e perseguindo o foco do atendimento previdenciário social, e não apenas no econômico-financeiro, o Gboex representa uma das principais empresas de previdência privada aberta do País, competindo num ranking no qual se incluem os grandes conglomerados financeiros.

Com mais de nove décadas de existência, esse gigante empreendedor sofreu alguns ajustes organizacionais. Hoje é administrado por uma Diretoria Executiva, um Conselho Fiscal e um Conselho Deliberativo forte, eficiente e eficaz, que geram a transformação do desejo dos associados em desempenho da empresa.

Atualmente estão à frente dessa fortaleza gaúcha o Coronel Sérgio Luís Lhullier Renk, Presidente do Gboex e do Conselho Deliberativo; o Coronel Ney Leite Xavier, Diretor-Presidente da Diretoria Executiva e outras Diretorias que compõem o Gboex, que, juntamente com membros conselheiros, imprimem mais uma página da história desse grupo, deixando marcas indeléveis de empreendedores competentes e guerreiros na sua coragem de ousar.

O reconhecimento desse trabalho foi coroado pela sociedade que atribuiu uma certificação de qualidade à empresa, que recebeu o ISO 9002, bem como conquistou pela oitava vez consecutiva - vejam senhores: oitava vez consecutiva! - a certificação como Top of Mind no item de previdência privada: 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006. Octacampeão!

Em nome do Coronel Sérgio Luís Lhullier Renk, gostaria de parabenizar todos os funcionários do Gboex, em especial seus associados, oficiais do Exército que, com seu direito de voto, auxiliam e auxiliaram a construir a grandiosidade desse empreendimento.

É uma empresa, meus senhores, como eu disse, da qual eu participei diversas vezes com o meu voto, para decidir eleições e diretrizes; um simples voto de um Tenente. Esta talvez seja uma das razões de maior sucesso de nossa empresa, Sr. Presidente Renk, Sr. Presidente Ney Leite Xavier: é uma empresa altamente democrática, altamente solidária, altamente beneficente.

 

O Sr. Elói Guimarães: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Pois não, concedo o aparte ao ilustre Presidente da CUTHAB.

 

O Sr. Elói Guimarães: Ver. José Ismael Heinen, faço este aparte a V. Exª - quero também saudar aqui o Coronel Sérgio Luís, o Coronel Leite Xavier, o Sr. Antônio Carlos - para nos somarmos, cumprimentando V. Exª pela oportunidade de trazer à Casa esta justa homenagem a essa grande entidade que é o Gboex, que traz, por assim dizer, o próprio lastro dos oficiais do nosso Exército Brasileiro. Portanto, ao Gboex, nacionalmente conhecido pelo seu trabalho, pela sua obra previdenciária, nós queremos trazer também a homenagem do Partido Trabalhista Brasileiro. Obrigado.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Obrigado, Excelência.

 

O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Com muito prazer.

 

O Sr. Ervino Besson: Ver. José Ismael, em nome da Bancada do PDT, nós queremos saudá-lo por esta brilhante iniciativa, e, ao saudar o Coronel Sérgio, quero estender estas saudações a toda essa grande família do Gboex.

Mas V. Exª é uma pessoa admirável, V. Exª nunca esquece das suas origens, da sua trajetória, de uma parte de sua vida. Sempre que fala do Exército, V. Exª até fica tocado, por alguns momentos, de emoções. Isso é grandeza do cidadão. E V. Exª sabe que essa grande família, que é o Exército Brasileiro, se dedicou e continua, após a aposentadoria, ainda se dedicando inteiramente ao serviço da nossa Pátria. Meus parabéns, um grande e fraterno abraço.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Obrigado, nobre colega Ervino Besson.

Sr. Presidente - o tempo está-se esgotando -, ainda comovido, buscando na história, buscando lá no início a formação desse Grêmio, vejo que os senhores se reuniram, se juntaram para amparar famílias de militares falecidos. Hoje, amparam mais de 247 mil famílias civis e militares do nosso Brasil, com índice de liquidez das iniciativas privadas independentes mais altas do País. Para cada um real de despesa, o Grupo Gboex dispõe de seis reais de investimento.

Da mesma forma que o Gboex, muitas outras grandes iniciativas deste Brasil vingaram.

Mas hoje, parabenizando essa entidade pelo seu 93º aniversário, entidade de irmãos no sentido de idealismo, do trabalho e da abnegação, do acreditar no trabalho, eu finalizo evocando um pensamento do grande filósofo grego Aristóteles, que disse: “A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las”. Os senhores, representando todos aqueles que passaram pela sua Diretoria, todos os associados que fizeram parte dessa grande família, enfim, o nosso Gboex é merecedor desta homenagem. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Verª Mônica Leal está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. João Carlos Nedel.

 

A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Em nome da Bancada do Partido Progressista, dos Vereadores João Antonio Dib e João Carlos Nedel, cumprimento o Ver. José Ismael Heinen, proponente desta homenagem e agradeço o tempo que me foi cedido pelo Ver. Nedel para que eu pudesse me manifestar nesta oportunidade, já que meu pai, o Cel. Pedro Américo Leal, tem uma forte ligação com essa instituição e, por conseqüência natural, passou-me esse sentimento de admiração.

Estamos aqui em torno do Gboex, uma das instituições mais sólidas e tradicionais oriundas de nosso Estado, que comemora 93 anos de plena atividade no ramo da previdência privada.

Era 1913, às vésperas da 1.ª Guerra Mundial; as circunstâncias traziam inúmeras incertezas. O que seria do mundo frente a uma guerra que se anunciava? Que conseqüências traria? A característica nata do profissional militar, de pensar na proteção de sua família e no amparo à carreira, construída com princípios de solidariedade, doação e ideais, mas que necessitava ser prevista financeiramente para projetar um futuro digno, motivou um grupo de oficiais, professores do Colégio Militar de Porto Alegre, a se reunir e iniciar o traçado desse “plano de segurança”, que resultou no Grêmio Beneficente dos Oficiais do Exército, o conhecido Gboex.

Pensar em tão firme e longa trajetória de uma instituição dentro do Brasil é, no mínimo, pensar em vitória, principalmente se lembrarmos que o País passou por muitos planos e Governos, momentos difíceis, disparates nos sistemas previdenciários, instabilidade econômica e falência de grandes instituições.

Através dos anos, ganhando cada vez mais credibilidade, o Gboex adaptou-se, atualizou-se, passou também a atender civis, recebeu certificações de qualidade e chegou até os dias de hoje forte e independente e, o que é mais importante, não estando ligado a grandes conglomerados financeiros.

O Gboex destacou-se justamente pelo investimento no potencial humano e assim garantiu o comprometimento com a verdade e o bem-estar de seus associados e da sociedade em geral.

Muitos são os links que o Gboex estabelece com projetos de relevância social, fazendo intermediações e facilitando o acesso a esses projetos. É mantenedor do Banco de Alimentos da Junior Achievement, da Pastoral de Auxílio Comunitário ao Toxicômano, da Associação Gaúcha de Equoterapia, patrocinando alunos deficientes e disponibilizando o 3º Regimento de Cavalaria de Guardas no Partenon. Também participa de atividades ligadas ao Banco de Sangue e apóia creches carentes.

Essa junção de fatores positivos resultou na marca Gboex, sempre presente na memória dos gaúchos, pois seu produto conquistou a confiança pública, e a empresa ganhou o respeito de todo o País.

Por seu pioneirismo, sua tradição e seus diferenciais, recebe hoje, na Casa do Povo de Porto Alegre, esta merecida e justa homenagem. Parabéns à minha família Gboex. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Neste momento, convido o Ver. José Ismael Heinen a proceder à entrega do documento que há de lembrar ao Gboex esta solene homenagem da Câmara dos Vereadores.

 

(Procede-se à entrega do Diploma.) (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Coronel Sérgio Luís Lhullier Renk, Presidente do Conselho Deliberativo do Grêmio Beneficente de Oficiais do Exército Previdência Privada, está com a palavra.

 

O SR. SÉRGIO LUÍS LHULLIER RENK: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Minhas senhoras e meus senhores, falar do Gboex torna-se desnecessário, pois todos aqueles que aqui usaram do microfone o fizeram, e o fizeram muito bem.

No dia 24 próximo passado, a nossa empresa completou 93 anos. Como já foi dito, é uma empresa genuinamente gaúcha, com capital brasileiro, capital gaúcho. Nossa sede é em Porto Alegre, porém, também como foi dito, atuamos em todo o País, particularmente no nosso Rio Grande.

Em 1974, o Gboex assumiu o controle acionário da Confiança Companhia de Seguros, e assim surgiu o Grupo Gboex Confiança.

Antes de mais nada, não vou dizer o que fazemos nem como fazemos e atuamos, porque já foi dito, mas eu quero ressaltar que somos um gerador de emprego, particularmente na cidade de Porto Alegre e em todo o País. Em Porto Alegre, diretamente, o Gboex gera mais de 400 empregos e, como Grupo Gboex Confiança, mais de 600 empregos diretamente, e, indiretamente, algumas centenas, tenho certeza disso.

Sensibilizado, em nome de todos aqueles que labutam hoje no Gboex e, particularmente, daqueles que por lá passaram, em nome do seu quadro social, eu desejo agradecer a esta Câmara de Vereadores, na presença de seu Presidente, e, particularmente, ao Ver. Ismael Heinen, por esta homenagem de que estamos sendo alvo. Agradeço também a todos aqueles que fizeram uso da palavra; a V. Exas., muito obrigado. (Palmas.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Gostaríamos de cumprimentar o Coronel Sérgio Luis Lhullier Renk em nome desta Casa, porque, quando um grupo de homens que trabalha para a sociedade ultrapassa um ano, já é motivo de festa no seu primeiro ano, imaginem 93 anos. Estive perto desses 93 anos, porque meu pai, Tenente do Exército Cleber Piegas Goulart, foi um associado do Gboex, e, em sua memória, quero cumprimentar o Gboex, que lhe dava tanta segurança em vida. Quero lembrar também que meu pai fez parte do Montepio da Família Militar, junto com o Odi Só dos Santos, Coronel Lisboa, e outros nomes importantes. Que pena que o Montepio da Família Militar, do qual eu também era associado, teve que terminar. Mas o Gboex continua aí, sólido, dando uma segurança grande para a família militar e, também, para quem não for da família militar que possa querer usá-lo. Então, esta Casa se sente honrada em poder ter homenageado, e esperamos que, logo ali adiante, o Ver. Ismael Heinen, talvez já como Deputado Federal em Brasília, possa comemorar os cem anos do Gboex. Longa vida pra o Gboex! Está encerrado este período da Sessão.

Estão suspensos os trabalhos.

(Suspendem-se os trabalhos às 15h34min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart - 15h39min): Estão reabertos os trabalhos.

Apregoamos o Ofício nº 393, de autoria do Sr. Prefeito José Fogaça, que encaminha para apreciação desta Casa o PLCE nº 001/06, que dispõe sobre a expedição de Autorizações para Funcionamento de Atividades Econômicas do Município de Porto Alegre e dá outras providências, Processo nº 2891/06.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Carlos Comassetto.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, venho tratar do tema da Educação, com ênfase na Segurança, pela importante iniciativa da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania desta Casa, presidida pelo Ver. Carlos Todeschini, com uma Audiência Pública, com a presença, na sexta-feira, dos Vereadores Raul Carrion, Maria Celeste e Margarete Moraes, que têm feito um trabalho muito ativo para dar conta dos problemas de direitos humanos. E o tema da Segurança tem sido o tema mais pungente que aquela Comissão tem a tarefa de encaminhar e que nós temos pautado, aqui, enquanto oposição, sistematicamente, em função do abandono que este Estado está sofrendo nessa área. E o abandono, nessa sexta-feira, na Audiência Pública, apareceu mais dramaticamente em torno das escolas públicas da cidade de Porto Alegre.

Eu lembro, Ver. Todeschini, Verª Marga (Margarete Moraes), que nós nos orgulhávamos das escolas municipais, que tinham muito menos problemas de segurança, e, por dez anos, nós tivemos uma parceria com a UFRGS, trabalhando a questão da construção da paz na escola, no entorno das escolas e vários elementos, além do elemento curricular, do espaço para o debate sobre a violência, do espaço para o jovem, para o grafitismo, para a arte, o uso dos ginásios, as diferentes oficinas.

Nós também construíamos com a Guarda Municipal, com a Brigada Militar, uma série de mecanismos da escola na escola, da escola com a comunidade, para garantir a paz, a segurança. E esses mecanismos eram, sim, a possibilidade de um muro, de uma melhor iluminação, da limpeza no entorno, um processo integrado.

E nos orgulhávamos muito de o número de incidentes nas escolas municipais ser muito pequeno. Incidentes vinculados, às vezes, à questão do vale-transporte. Muitas vezes, acidentes com armas, mortes ou tiros na escola foram em função de buscar a arma do guarda.

Hoje, os elementos que trazem as escolas estaduais, as escolas municipais e também as escolas privadas - que foram as falas que apareceram aqui - são elementos que nos dizem que há um abandono da Segurança, não só na falta de efetivo. Isso também ficou muito claro, não há policiamento efetivo da Brigada Militar junto às escolas, não há investigação. Esta foi uma fala muito clara de uma escola.

Nós nos demos ao trabalho de formar uma comissão de alunos, um comitê da Escola Feijó, Ver. Todeschini, que constituiu um comitê de segurança - porque eles não podem participar, lá, junto da Escola São Francisco -, e eles foram levantar os Boletins de Ocorrência. O jovem dizia que em todos os Boletins de Ocorrência está dito pelas vítimas que elas poderiam identificar o agressor. E aí, o que acontece? Não há uma ação da Polícia Civil que faça a investigação. E o próprio Delegado presente, se bem me lembro, disse que o problema deles é o efetivo, porque só sai gente e não há reposição.

 

O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Sofia Cavedon, há pouco, na Restinga, uma locadora foi assaltada; um jovem menino atendente, filho de um servidor aqui desta Casa, foi agredido com uma coronhada. E não é o único caso que acontece, esses casos são tão corriqueiros que não aparecem mais nas páginas dos jornais. Queria lhe dizer que nós temos a mesma opinião, que é preciso engajamento da sociedade, e nós temos que cobrar das autoridades para que trabalhem conjuntamente, como dissemos sexta-feira no evento.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Muito obrigada, Adeli, que é um militante dessa causa. Eu quero concordar, Ver. Adeli, com o que V. Exª disse: está-se banalizando, acontece todo dia e não sai mais no jornal. E nós temos que fazer aqui, um atrás do outro, o esforço de nos espantarmos e nos indignarmos, ou melhor, de repercutirmos o espanto e a indignação com a violência cotidiana que tomou conta da Cidade, do Estado, e que, agora, está perto das escolas.

Lá na Escola Feijó, onde o grande número de estudantes é de trabalhadores, que estudam à noite, o aluno expressava preocupação com a evasão escolar. Os alunos colocavam - e aí quero chamar a atenção do Governo Municipal, da base do Governo - que o problema da segurança passa pela limpeza no entorno das escolas; o mato alto, aquelas praças abandonadas, com terrenos baldios abandonados, com mato, propicia ao assalto, ruas inteiras sem iluminação. Ver. Cassiá, a Rua Bruno Kiefer não tem um ponto de iluminação, pelo depoimento que tivemos aqui, e outras ruas no entorno de três escolas importantíssimas na Zona Norte: José Feijó, Padre Léo e São Francisco estão sem iluminação.

Quer dizer, eu aqui, nos cinco minutos, falei de um décimo do que apareceu na reunião. Ver. Todeschini, eu tenho certeza de que o senhor vai continuar pautando; o Ver. Carrion também.

Nós temos uma série de problemas que são, sim, problemas do Estado, de gestão do Estado. Do Município, com a infra-estrura, com a iluminação, com a limpeza, com a presença da Guarda, há problemas em todas essas áreas. Do Estado, com a diminuição da Polícia Civil, não há investigação; não há elucidação de crimes e, portanto, os mesmos marginais atacam os professores e os alunos nas escolas municipais, como é o caso da Escola Grande Oriente, como é o caso da Escola São Pedro. Então, não há na Polícia Civil, não há na Brigada Militar, não há gestão para a Segurança neste Estado. E chegou nos nossos alunos. Era uma realidade que nós vínhamos enfrentando com muito orgulho, não solucionada cem por cento, mas as escolas municipais vinham construindo uma política de segurança e parceria com todos os órgãos. E, infelizmente, desde a Restinga à Zona Norte, houve depoimentos aqui de escolas municipais também, dizendo que está dramática a situação da violência.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Excelência.

O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr. Presidente, meu querido Ver. Dr. Goulart; assistência da TVCâmara; caros colegas Vereadores e público presente, a CEDECONDH fez uma Audiência que eu julgo muito importante, sexta-feira, dia 26, onde estavam presentes a Verª Maria Celeste, a Verª Margarete, o Ver. Raul Carrion, o Ver. Adeli Sell; da CEFOR, a Verª Sofia, o Ver. Bernardino, o Ver. João Dib. O tema foi a insegurança em Porto Alegre e foi na forma de apelo, Ver. João Dib, para que as autoridades, os Secretários, que têm a incumbência de dar conta, de responder pelas Pastas, se fizessem presentes.Conforme dizia uma Diretora de escola, Ver. Sebenelo: “Nós não queremos entregar, uma hora dessas, um corpo para uma família”. Está muito próximo de isso acontecer a qualquer momento, dado o grau de insegurança, Verª Neuza - V. Exª que foi Secretária, que foi Diretora, que foi professora -, dado o grau de desgoverno, dado o grau de ausência de Governo que estamos vivendo na cidade de Porto Alegre. E, quando tem ausência de Governo, Ver. João Dib, as hordas, as gangues, a droga, o álcool tomam conta. Isso acontece, aqui, no Instituto de Educação. E eu lembro muito bem que, num debate, por ocasião da campanha do segundo turno, o atual Prefeito, Fogaça, dizia: “Houve três assaltos no entorno do Instituto de Educação Flores da Cunha”. No entanto, agora, Vereador, os assaltos são diários. Estive, lá, reunido com a Direção da escola. Todos os dias tem um assalto entre o Instituto de Educação Flores da Cunha e a UFRGS; muitas vezes as vítimas se refugiam dentro do colégio, ou têm que se refugiar dentro da UFRGS. Isto é uma demonstração clara do agravamento da questão da segurança, ou da insegurança total vivida pela comunidade escolar, que não pode continuar assim.

Mas o maior problema é que aqui estavam convidadas autoridades, e apenas a Secretária Municipal de Educação mandou um representante; não se fez presente aqui a Secretaria de Segurança do Estado, não se fez presente o Secretário Municipal de Justiça e Segurança - aliás, como não se tem feito presente nos fóruns importante. Então, depois, na hora de tomar a decisão, não tem quem tome a decisão, e continuamos com o desgoverno, porque quem tem que comandar, dirigir e ordenar as ações do Estado não ordena. É por isso que a comunidade está completamente desabrigada, é por isso que as hordas tomam conta da Cidade e, agora, invadem aquilo que é mais caro, que é nosso, que são as escolas.

Neste sentido, nós estamos pedindo, no dia de hoje, uma audiência com o Sr. Governador do Estado, Germano Rigotto, e com o Sr. Prefeito Municipal, já que seus Secretários são insensíveis e não dão importância para aquilo que eles têm que fazer. Quiçá o Sr. Governador e o Sr. Prefeito os chamem à responsabilidade e eles passem a tratar os assuntos com o cuidado e a prioridade com que têm que ser tratados.

É este o registro que quero fazer, porque é inadmissível ter de resposta aquilo que a gente tem: o total desprezo pelo trabalho que se faz.

De outro lado, quero fazer um anúncio, com muita alegria, do pacote do Governo Federal, que anuncia um investimento de 10 bilhões de reais para a agricultura familiar em todo o Brasil, investimento que subsidia os financiamentos do arroz em 30%, da soja em 25%, do milho em 22%, do algodão, do feijão, da mandioca, do leite; que apresenta avanços no Pronaf B, que dá apoio à comercialização, que amplia os tetos do Pronaf C e D, do custeio; que aumenta os limites de enquadramento, e que apresenta muito mais recursos para a assistência técnica. A agricultura familiar é responsável pela garantia da soberania alimentar, colocando na mesa dos brasileiros a maior parte dos alimentos aqui consumidos. Não que a agricultura industrial não tenha importância, tem sim, e muita, porque ela tem peso significativo na exportação. A agricultura familiar inclui a maioria, gera empregos, gera diversidade econômica, especialmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, que são os grandes pólos de econômica, poupança e desenvolvimento.

Então, saudamos o Governo Federal, porque essa é uma medida que vem ao encontro da necessidade, do fortalecimento e da revitalização do setor. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, ilustres visitantes desta nossa tarde de debates, pergunto a cada um de vocês: alguma vez, nesses três anos e meio, vocês ouviram o Presidente Lula citar, falar, usar a expressão Orçamento Participativo? A resposta, evidentemente, é não, porque ele nunca tocou neste assunto. Essa distância entre os defensores arraigados do Presidente, suas diatribes, seus destemperos, às vezes, verbais; a distância que vai do ardor da defesa dos programas, como, por exemplo, o que o Ver. Todeschini agora citava, da agricultura familiar, olhem só: “O País tem 1 milhão de sem-terras em acampamentos. Em 2002, havia 60 mil famílias acampadas; hoje, 230.813 famílias, segundo a Ouvidoria Agrária Nacional do Ministério da Reforma Agrária”. E sabem quem era o Ministro? O que não assentou? O Ministro Miguel Rossetto, candidato, agora, ao Senado pelo PT. Depois de um desempenho melancólico, tanto quanto o do Ministro das Cidades Olívio Dutra, que levou um cartão vermelho insuportável do Sr. Lula da Silva. E eu via a nota melancólica, da última frase da notícia do jornal Folha de São Paulo de hoje (Lê.): ”Ao assumir a presidência, o Presidente Lula prometeu priorizar os assentamentos. Multiplicou, no mínimo, em 300%, de 60 mil para 230 mil, o número de pessoas esperando assentamento.”

Então, quando se falou que não há segurança no País por falta de uma política nacional de segurança, não, essa coisa é em São Paulo. Então, São Paulo não é no Brasil, é outro País! A Presidência da República não tem nada a ver com a segurança de São Paulo? E com a do Mato Grosso? E com a do Rio Grande do Sul? E com a do Paraná, onde houve um número crescente, depois disso, de assassinatos? É por dia! Houve um decréscimo, em três anos, de quase 200% da verba aplicada em 2005! Um decréscimo! Ficou negativo: de 500 e tantos passou para 11 milhões. E, o que é pior, agora, este ano são menos 11%, ainda!

Fazer segurança sem dinheiro é muito difícil numa política em que há a concentração de renda e, como diria o Ver. Sebastião Melo: “Discursa para a população, trabalha para a “banqueirada”.

Então, num País onde os bancos têm os lucros mais estapafúrdios da história da humanidade não há dinheiro para a Segurança, não há dinheiro para as penitenciárias. Cinco estavam, em São Paulo, em construção; estão paradas há quase cinco anos! E, depois, essa recente Secretaria de Desenvolvimento e Justiça de Porto Alegre, fundada agora, há um ano e pouco, leva todas as culpas de um Orçamento de uma nação inteira, onde o argumento maior é o de que São Paulo não é no Brasil, Paraná não é no Brasil, Mato Grosso não é no Brasil! Quer dizer, as coisas são só estaduais.

E nós vemos, cada vez mais, a grande vigarice histórica, o grande estelionato eleitoral, que prometeu 10 milhões de assentamentos, e que, até hoje, não conseguiu acertar. Mas, o que é pior, não conseguiu fazer a décima parte dos assentamentos. E, se dividirmos isso por cinco, não dá nem 2% daquilo que prometeu. Esse é o Governo que tem a capacidade de ter o seu maior vigarista, o seu maior comandante, “o presidente da república de Ribeirão Preto”, candidato a Deputado Federal pelo Partido dos Trabalhadores, Sr. Antônio Palocci. Essa e mais outras vigarices, mais outras picaretagens sustentam a necessidade urgente de uma mudança muito grande. E perde o Partido dos Trabalhadores qualquer tipo de autoridade para criticar quem quer que seja neste País.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, neste tempo de Comunicações, quero refletir, nesta tribuna, sobre um dos mais graves, crescentes e alarmantes problemas enfrentados pela sociedade brasileira aos olhos dos Poderes Públicos.

Temos visto, nos últimos dias, o crescimento descontrolado da violência no País. Não é um fato recente, e todos aqueles que acompanham a sociedade brasileira já previam os desfechos dramáticos, e todos nós sabemos que, infelizmente, logo mais se sucederão novos atos de violência aos olhos das autoridades brasileiras. O que realmente nos preocupa é que nós não estamos percebendo nenhuma ação de responsabilidade pública no enfrentamento desta questão.

Temos visto no Brasil, nos últimos dias, pelo contrário, a defesa da barbárie contra a barbárie. O medo, inevitavelmente, nos leva a reações instantâneas e imediatas, muitas delas sem a construção de uma solução.

Sabe-se, no reino animal, que alguns animais, quando acuados, lançam odor para sua defesa; outros, como o avestruz, enfiam a cabeça na areia, esperando que a crise passe. Estas duas analogias me lembram o comportamento dos Poderes Públicos e do último comportamento do Governo Federal em relação ao crescimento da violência urbana neste País, pois, quando o terror tomou conta da cidade de São Paulo, as reações dos Poderes Públicos se assemelharam a esses tipos de comportamentos.

A responsabilidade de compartilhar a defesa da Segurança Pública é o requisito inquestionável na solução dos problemas de violência. O compartilhamento das políticas públicas, inevitavelmente, é necessário para ações de prevenção à violência urbana. Infelizmente, o que nós temos presenciado no Brasil são ações midiáticas e espetaculares dos aparatos de repressão do Estado em questões absolutamente pontuais e, aí sim, cobertas pela mídia, e a versão do Governo numa tentativa de mostrar que aqueles atos espetaculares e midiáticos são um sintoma da responsabilidade pública do Governo Federal com o caos da violência urbana brasileira.

O mais trágico é que, infelizmente, é evidente que o Governo Federal abriu mão da sua responsabilidade de enfrentar a questão da Segurança Pública no País. E essa omissão não é recente. Nós estamos presenciando isso desde que o Governo Federal se contrapôs à construção de um sistema de segurança, que é, evidentemente, o único caminho para enfrentar o crime organizado, enfrentar a não-aplicação das legislações penais brasileiras, a superlotação dos presídios e a incapacidade dos aparatos locais para enfrentar essa questão.

Eu acho que a omissão do Governo Federal na questão crucial da defesa das brasileiras e dos brasileiros tem que propiciar um debate no conjunto das instituições públicas deste País.

Esse drama anunciado do Rio de Janeiro e de São Paulo, das Capitais brasileiras, e, hoje, inclusive das cidades do Interior, vai exigir da sociedade uma pressão para a reformulação dessa omissão do Governo Federal em relação à crise da Segurança brasileira. É necessário o enfrentamento à superlotação das penitenciárias, à falta de aplicação da legislação penal, ao descumprimento, inclusive por parte do Governo, da legislação penal existente, o que permite, hoje, que nos grandes presídios brasileiros - quando todos nós sabemos que não é assim que devem ser constituídos - se misturem os assassinos de alta periculosidade com aqueles que cometeram pequenos delitos, fazendo com que os grandes bandos se organizem, pressionem e orientem a ação de outros prisioneiros.

Nós sabemos que as ações de violência, neste País, crescem, e não é necessário que, apenas no momento pré-eleitoral, os Governos digam que estão preocupados com esta questão. Uma ação de Segurança Pública exige planejamento, exige responsabilização e exige parceria do conjunto dos políticos, das políticas públicas e dos Governos. Fora isso, é demagogia; fora isso, é omissão; fora isso é irresponsabilidade.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Quero sugerir à Verª Clênia Maranhão, ao Ver. Adeli Sell e ao Ver. Carlos Comassetto que registrem suas presenças.

O Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ERVINO BESSON: Minha cara Presidenta, Verª Margarete Moraes; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos assistem nas galerias e no Canal 16 da TVCâmara, eu queria saudar todos.

Este meu pronunciamento, no dia de hoje, eu faço a pedido de diversas pessoas que leram as matérias de praticamente todos os jornais sobre o brutal assassinato que houve naquela pequena comunidade de Torres, na Vila João XXIII.

A comunidade, meu caro Ver. João Antonio Dib, está em estado de choque. Um jovem - se é que se pode chamar de jovem a uma besta humana -, depois de iludir uma jovem de 21 anos, inclusive ligada a ele por grau de parentesco, que estava indo, de bicicleta, à sua residência, convidou-a para ir à beira do rio para assistir à imagem de uma santa. Inocentemente, a jovem o acompanhou, ele tentou estuprá-la e a assassinou.

Meus caros colegas Vereadores, minha cara Presidenta, toda a comunidade daquela região é sabedora de que foi ele que tentou estuprar aquela jovem e a matou. Só que aqueles que tinham a responsabilidade de prendê-lo não o fizeram. Simplesmente mandaram uma intimação para que ele se apresentasse dia tal na Delegacia de Polícia para prestar depoimento. O que aconteceu? Cometeu mais um crime brutal: assassinou a própria esposa.

Como estará a consciência dessas pessoas, meu caro Ver. Todeschini, que têm a responsabilidade de dar segurança para as suas comunidades, para os familiares, e que deveriam prender essa besta humana, e o deixaram em liberdade para em determinado dia ir dar o seu depoimento?

Cometeu mais esse brutal assassinato. Alguém tem que ser responsabilizado por isso. Uma comunidade inteira está pedindo, implorando justiça. Só que essa justiça deveria ter vindo antes e não tardiamente, porque essa besta humana assassinou duas jovens: uma de 21 anos e outra de 22 anos.

Para a primeira, preparou uma tocaia, para uma jovem mulher indefesa, e matou-a. Ficou em liberdade, quando deveria ter sido preso imediatamente. Ficou em liberdade, e cometeu mais esse brutal assassinato.

Isto nos entristece; isto nos entristece e nos deixa cada vez mais inseguros. Quando há esses bárbaros crimes, que toda a comunidade sabe quem cometeu, aqueles que tinham a responsabilidade de prender essa besta humana, por que não o fizeram? Deixaram que ele matasse uma segunda inocente para ser preso.

Portanto, minha cara Presidenta, permito-me, aqui, nesta tribuna, pedir a esta Casa uma homenagem a essas duas jovens que partiram tão rapidamente desta rápida vida que temos aqui neste planeta.

Juntamente com o pedido de um minuto de silêncio, quero incluir o nosso protesto em homenagem àquela comunidade, que fez o pedido a este Vereador no sentido de que fizesse este pronunciamento no dia de hoje.

Portanto, minha cara Presidenta, por gentileza, peço um minuto de silêncio. Junto com este minuto de silêncio, faço um protesto por tudo que aconteceu para aquela comunidade.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, conforme solicitação do Ver. Ervino Besson, deferimos o pedido de um minuto de silêncio em homenagem às jovens, e, também, como um protesto pelos brutais assassinatos.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. MANUELA D'ÁVILA: Verª Margarete Moraes, na presidência dos trabalhos, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, ontem, eu e o Ver. Carrion tivemos a oportunidade de estar presentes no lançamento do Nação Hip-Hop Brasil, uma entidade nacional que ainda não estava estabelecida no nosso Estado e que teve, ontem, no seu lançamento, a eleição da sua nova Diretoria, no Teatro Dante Barone, na Assembléia Legislativa.

Nós tínhamos presentes aproximadamente mil jovens da periferia do nosso Estado. Mil jovens, em sua maioria negros, que o nosso Estado e que alguns gaúchos e gaúchas, às vezes, fazem de conta que não existem; negros da periferia, um exército, Ver. João Antonio Dib, do hip-hop, que, possivelmente, se não estivesse ali, estaria alistado no narcotráfico do nosso Estado, que, algumas vezes, nós também fazemos de conta que não enxergamos e que não existe.

Foi um dia muito importante para mim e, tenho a convicção, para todos que estavam presentes, porque ali nós vimos essa juventude que não tem cara, mas que é a estatística; ali, nós vimos os jovens que não têm acesso à educação, que não vislumbram ingressar na universidade, porque não conhecem a universidade; os jovens que não têm acesso aos estúdios de música, porque os estúdios de música ainda não são públicos; os jovens que ainda têm a sua arte, um dos seus elementos, o grafite, confundido com a pichação. Ali, nós vimos os jovens que poderiam engrossar as estatísticas, ou os fatos apresentados, aqui, pela Verª Clênia, quando tratou de Segurança, e pelo Ver. Ervino.

Mas esses jovens se organizaram. Esses jovens - através do Movimento Hip-Hop, que ainda é visto, por muitos, com muito preconceito -, esses jovens conseguiram viabilizar a sua organização e a lançaram ontem; e conseguiram viabilizar a sua ação política no nosso Estado, ontem, quando lançaram, oficialmente, a sua entidade de representação. E, na terça-feira, nós teremos o lançamento da Central Única das Favelas, a Cufa, aqui no nosso Estado.

Ontem, esses jovens deixaram de ser invisíveis para as autoridades do nosso Estado, as mesmas autoridades que os barram na entrada da Assembléia Legislativa para se cadastrarem. Ontem, esses jovens se tornaram visíveis, deixaram de ser os jovens invisíveis que não existem para a maior parte dos políticos, para a maior parte dos governantes.

E eu acho que este é um debate que nós temos de começar a fazer aqui na Câmara de Vereadores.

Eu fico muito assustada quando vejo que nós debatemos mais as conseqüências do que as causas. Eu participei, hoje, de um debate em que o tema, infelizmente, era a redução da maioridade penal, como várias pessoas defendem - a Verª Maristela Maffei fica chocada; mais uma vez, nós debatemos a conseqüência e não debatemos as causas.

Eu não participo de debates, Verª Maria Celeste, sobre por que 91% da juventude está fora da universidade; eu não participo de debates sobre os 50% de jovens que não concluem o Ensino Médio. Nós não vemos debates sobre os 46% de desempregados jovens, de até 24 anos, no nosso País. Eu acho que nós temos de inverter.

Nós queremos debater Segurança Pública, e a Verª Clênia Maranhão fez isso. Eu acho que nós temos de nos preocupar, sim, com os presídios, mas ver qual é a perspectiva, Ver. Sebenelo, que nós queremos dar para juventude. Alguns acham que a perspectiva é a cadeia.

Eu até ironizei: se nós vamos reduzir para 16 anos, vamos reduzir logo para 10 anos, porque o narcotráfico está alistando com 10 anos. É isso que nós queremos para nossa juventude? Nós queremos que o futuro seja a cadeia? Ou nós queremos que o futuro seja a escola? Nós queremos que a perspectiva seja a falta de conhecimentos total, a perpetuação da falta de conhecimentos dos nossos jovens, ou nós queremos que o futuro dessa juventude, portanto, do nosso País seja de emprego, de crescimento econômico, seja o desenvolvimento?

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Obrigado pelo aparte. São 16h20min, e é o primeiro discurso que eu ouço hoje com seriedade e responsabilidade; os demais foram todos políticos, e eu quero cumprimentá-la por isso. Os demais foram só discursos políticos. Abstive-me de pedir aparte e fazer contraponto quando eu podia fazer. O seu discurso é um discurso progressista, e eu quero cumprimentá-la por isso.

 

A SRA. MANUELA D'ÁVILA: Muito obrigada, Ver. Bernardino.

Nós vimos muitas pessoas emocionadas no dia de ontem. E eu acho que nós devemos nos emocionar quando nós vemos o Exército alistado permanentemente, cooptado permanentemente pelo narcotráfico, se organizar e decidir que vai tomar as ruas do nosso País, que vai debater com seriedade as suas questões, Ver. Sebenelo, que vai ocupar o seu espaço e que vai passar, de maneira organizada, a interferir na realidade do nosso Estado e do nosso País.

Eu vou concluir, Verª Margarete Moraes, eu perdi o raciocínio pelas conversas paralelas.

Ontem, o Movimento Hip-Hop, que é constituído por quatro elementos, no nosso Estado, decidiu lutar para que seja composto por mais um: o conhecimento. Ou seja, vão lutar para ter acesso à escola, à universidade e para calar a boca, sim, de muitas pessoas que não os conhecem e que querem propor como seu futuro a cadeia. Eles querem a educação, eles querem construir o futuro deste País junto com a gente. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Cumprimento a Verª Manuela por seu pronunciamento.

Encerramos o período de Comunicações.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. N. 2282/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 094/06, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que acrescenta alínea “q” ao art. 4º da Lei n. 4.080, de 15 de dezembro de 1975, e alterações posteriores, que cria o Departamento Municipal de Limpeza Urbana, integrando um representante do CREA ao Conselho Deliberativo.

 

PROC. N. 2283/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 095/06, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que altera a Lei n. 2.312, de 15 de dezembro de 1961, e alterações posteriores, que cria o Departamento Municipal de Água e Esgotos, integrando um representante do CREA ao Conselho Deliberativo, o qual se reunirá com quórum mínimo de nove Conselheiros. Com Emenda n. 01.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. N. 1693/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 064/06, de autoria da Ver.ª Angelica Konzen, que institui, no âmbito do Município de Porto Alegre, o Programa de Incentivo e Qualificação Profissional para os Catadores e Recicladores de Lixo e dá outras providências.

 

3ª SESSÃO

 

PROC. N. 2618/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 104/06, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Elieser Furini o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 1946 – Loteamento Wenceslau Fontoura, localizado no Bairro Mário Quintana.

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS TODESCHINI: Minha querida Presidenta dos trabalhos, Verª Margarete Moraes, Vereadora da minha Bancada, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras e assistência deste Canal 16, eu só tenho de fazer um registro, porque eu não posso concordar com o aparte do Ver. Bernardino dizendo que os assuntos tratados aqui hoje à tarde não são sérios, porque, para mim, são extremamente sérios. Inclusive, o Ver. Bernardino participou da Audiência de sexta-feira, ele ouviu o que aqui foi tratado: a gravidade das denúncias acerca da violência nas escolas e a omissão das autoridades, tanto do Secretário Estadual como do Secretário Municipal de Segurança. Tenho de fazer este registro por dever e obrigação.

Mas o que me traz aqui, Vereadora, para o debate, são dois Projetos que estão em Pauta no dia de hoje; nós estamos apresentando um Projeto para incluir, tanto no Conselho Deliberativo do DMAE, bem como no Conselho Deliberativo do DMLU, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, para que passe a ser também entidade integrante desses dois importantes Conselhos Deliberativos.

Tive a grata oportunidade, assim como o Ver. João Dib, de participar da Direção-Geral do DMAE. E uma das coisas que fez a diferença naquela autarquia, sem dúvida nenhuma, ao longo dos anos de história, foi o fato de ter um Conselho Deliberativo, que se reuniu, ininterruptamente, desde o dia da fundação, todas as semanas - absolutamente todas as semanas - para tomar as decisões acerca dos assuntos deliberativos, desde o planejamento, desde as obras, da avaliação dos processos, do estabelecimento de tarifas, das contratações.

Nesses Conselhos, particularmente no do DMAE - que eu tive a oportunidade de presidir, onde o Presidente sequer tem voto, só o exerce em caso de empate -, nós contamos com o conforto e o apoio dessa importante entidade de controle público, do qual participam a Sociedade de Economia, a Sociedade de Engenharia, a FIERGS - através da CIERGS -, a Federasul, a União das Associações de Moradores, a Universidade Federal; participam um conjunto de entidades que representam a economia, o conhecimento e a organização popular.

Isso é uma conquista da Cidade, Verª Maristela: a democracia, o controle exercido e o grau de participação e de qualidade com que esses conselheiros, esses profissionais, com que essas representações participam.

Quero dizer que tive a honra, a tranqüilidade e o conforto, Ver. Dib, depois de três anos, e de administrar quase 1 bilhão de reais em Orçamento, de ter absolutamente todas as contas aprovadas, porque o Conselho teve autoridade total sobre todas as decisões que tomou naquele órgão.

E nós estamos propondo a inclusão do CREA, porque o CREA é uma entidade, uma autarquia pública, que representa os engenheiros, os arquitetos e os agrônomos, que tem um acervo técnico extraordinário, qualificado, e que pode contribuir para melhorar ainda mais esses dois organismos que fazem parte da estrutura do Estado e do Município, e, também, porque eles aportam o controle social, eles auxiliam, e representam, também, a vontade da sociedade de Porto Alegre, através de suas entidades.

É nessa direção que estamos apresentando este Projeto. E não é de iniciativa nossa, individual, mas sim um Projeto que foi apresentado a partir da vontade e do desejo dessa entidade - o CREA - de incluir a sua representação nesses dois Conselhos da Cidade.

É nesse sentido que esta Casa, tenho certeza, vai aprovar essa modificação importante, porque já o fez, pois, originalmente, não havia todas essas entidades, e, com o passar dos anos, houve um aumento, houve uma agregação de outras entidades que não se faziam presentes. Como a nossa Cidade prevê uma organização democrática, republicana e positiva, é nessa direção que apresentamos a inclusão dessa entidade, dessa autarquia, que é o CREA, tão importante para o Rio Grande e para o Brasil também, nesses Conselhos que fazem parte da Direção dessas nossas duas autarquias - o DMAE e o DMLU. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta, Vereadora e companheira Margarete Moraes, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu quero, sinceramente, cumprimentar, aqui, a minha camarada e companheira Manuela d’Ávila pela sua fala.

Quero, também, discorrer, aqui, sobre o pronunciamento do Ver. Bernardino, com todo respeito; e ele sabe, porque as pessoas usam a tribuna para dizer as coisas como eleitos por uma parte da sociedade, e é para eles que nós falamos, como ele diz. Portanto, eu quero, desta forma, apesar das divergências que às vezes tenho com alguns nobres Pares, externar o respeito que devemos ter sempre. Quero, também, na mesma linha que a Manuela se referiu - superimportante -, dizer que, no sábado, nós tivemos, na Lomba do Pinheiro, um Encontro com a Juventude dos Nossos Rostos Invisíveis, com mais de 300 jovens, entre meninos, meninas, adolescentes, moços e moças. E foi muito importante aquele debate.

Hoje, eu consigo compreender melhor, Verª Margarete Moraes, o porquê do resultado da última pesquisa com relação ao companheiro Presidente Lula. Na verdade, durante muito tempo - e eu ainda escrevi alguns dados, Ver. Bernardino, para não me perder -, a única coisa que se ouvia era que o Governo Lula governava para os banqueiros e para os ricos. E a pesquisa demonstra exatamente o contrário. Nós percebemos, Ver. Adeli Sell, que existe um investimento para esses rostos invisíveis, que a Verª Manuela externou tão bem aqui. Nós trabalhamos cotidianamente com eles, Ver. Todeschini, para esses rostos invisíveis dos mais empobrecidos, dos nossos negros, das nossas negras, daquilo que não é do status quo de uma cultura é fechada, mas aberta, um trabalho que a Verª Margarete Moraes implementou nesta Cidade e que agora virou o seguinte: a gente não consegue nem mesmo uma audiência com o Secretário de Cultura, quanto mais nós falarmos de descentralização da cultura, que é aquilo que nós pensamos no conjunto para fazermos avançar a sociedade.

E essa esmagadora vitória nas classes mais empobrecidas da nossa sociedade, demonstrada agora na última pesquisa, em especial de São Paulo para cima, nos dá uma tranqüilidade de que, de fato, nós, que conhecemos os investimentos que estão sendo feitos pelo Governo Federal, essas pessoas - e é a nossa retórica, que nós batíamos, batíamos aqui -, que uma população, quando bem alimentada, quando não apenas deve ter um trabalho assistencialista, mas um investimento na alimentação, um investimento na cultura, um investimento em todas as questões sociais, e que realmente isso é uma política - aquilo que nós chamamos de política de inclusão -, que vemos que acontece.

E a pesquisa é a maior realidade disso, porque, se aqui no Sul, neste momento, muitos setores corporativos que só pensavam na sua casta e que não compreenderam o momento histórico de darmos um passo a mais na história de descentralização do poder intelectual, do poder da distribuição de renda e da riqueza - e isso só acontece com a Reforma Agrária, e é por isso que eu louvo sempre o Movimento dos Sem-Terra, porque é o único movimento organizado deste País. Se não fosse por esses pacifistas, o nosso querido Brasil já teria entrado numa convulsão social muito pior do que São Paulo vive, muito pior do que o Rio de Janeiro vive. Mas é graças a esse Movimento, Ver. Ismael, que nós conseguimos, com a sua autonomia, com a sua organização, fazer com que o Governo Lula se dê conta, diariamente, de que esses movimentos têm que, sempre, ter a sua autonomia e seguir protagonizando a sua história.

Então, com as pesquisas que nós vimos e com estes dados que temos aqui, a questão fundamental é: o Lula, apesar de tudo que tem sido feito, em muitos setores ainda, como, por exemplo, na preferência das pessoas que têm o Ensino Fundamental, detém 48%; e o Alckmin, do Ver. Sebastião - desculpe, Ver. Sebastião, eu ainda espero que V. Exª vote no Lula - , do Ver. Sebenelo, que insistentemente mostra o jornal Folha de S. Paulo, o seu candidato a Presidente está com 19%. Em pessoas com Ensino Médio: 43% Lula e 26% o Sr. Alckmin. Ensino Superior: 32% Lula, e o seu candidato 30%.

Quer dizer, Ver. Sebenelo, que nós vamos numa trajetória da afirmativa, das políticas afirmativas deste País. Isso nos deixa de uma forma... Porque essa história não vai ficar nas nossas mãos. Nós, biologicamente passamos, mas fica para o futuro da humanidade um exemplo que jamais foi tentado colocar em prática. E não é apenas o Presidente Lula, mas feito com várias mãos, com cabeças pensantes. E a população demonstra isso na vida real. E é por isso que o Presidente Lula vai-se reeleger. E é por isso que os movimentos sociais - a Reforma Agrária, a agricultura familiar, a educação, o emprego vão continuar. E aqueles que protagonizaram, neste País, a indústria dos marginais, acabam, cada vez menos, tendo força dentro de uma sociedade democrática onde todos serão protagonistas de uma história. E essa história está aqui, Vereador, com dados que desfazem qualquer insensatez, qualquer politicagem de período eleitoral, com todo o respeito. Muito obrigada.

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª Presidente, Exmos colegas Vereadoras e Vereadores, nós temos em Pauta dois Projetos de Lei do Legislativo, quase que similares: o PLL nº 094/06, pedindo a inclusão do CREA no Conselho do DMLU, e o PLL nº 095/06, pedindo a inclusão do CREA no Conselho do DMAE. Analisando a composição dos Conselhos, é trocar seis por meia-dúzia, porque lá já tem Sociedade de Engenharia, Arquitetura, tem um monte de coisa. Agora mais o CREA.

Estou acompanhando um processo para liberar a construção do edifício de uma cooperativa habitacional que já construiu 260 apartamentos, com dinheiro auto-financiado, e está parado devido à burocracia que hoje grassa dentro dos órgãos públicos ou modus vivendi do empreendedor ou daquele que quer fazer a casa própria. O que ele sofre de percalço! Isso é reconhecido inclusive pelo Sr. Prefeito Municipal, que encaminhou um Projeto de nossa autoria para alvarás provisórios. O que temos que batalhar, de uma maneira definitiva, é para a simplificação das leis, para que, de fato, simples seja também a sua fiscalização. Os senhores não queiram saber, para construir um edifício, por quantas mãos passa o projeto para aprovação e começo das obras de construção. O Prefeito fala em um ano. A cooperativa está com um projeto - do qual não contei as folhas, mas medi: são mais de 30cm de folhas - que ainda não foi aprovado totalmente; foi para o DEMHAB, foi para a SMAM, voltou para o DEMHAB, foi para a PGM, voltou para a SPM. Vai para tudo que é lugar, mas volta tudo à estaca zero só porque faltou uma coisa, e tem de se começar tudo de novo.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador José Ismael Heinen, leva mais tempo hoje, quando o computador está aí à mão de todos os servidores municipais, do que quando essas idas e vindas eram feitas por estafetas.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Acredito. E agradeço a interferência de V. Exª, porque isso me preocupa muito. Eu imagino a burocracia que ocorrerá, nobre Ver. João Antonio Dib, no Feirão de Imóveis, para o qual o DEMHAB proporcionaria o financiamento através do PAR - que, de todos os planos existentes, é o mais custoso para quem precisa da casa própria.

Quer dizer, se implementássemos as cooperativas, teríamos uma solução mais rápida. Inscreveram-se, no primeiro dia do Feirão de Imóveis, 5 mil para 1.400 vagas. Agora eu pergunto: qual é o critério de seleção, como é que vai acontecer? Ninguém sabe. Apenas se inscreveram, numa esperança. Aí vem o jornal e noticia: “Vinte anos para receber uma casa do DEMHAB”. Eu acho que será mais de 20 anos se continuarem com estas demagogias de feirões pré-eleitorais, porque lá nada mais foi feito do que reunirem imobiliárias para colocarem ao público o produto que tinham. A Caixa Econômica Federal poderia fazer um leilão de imóveis, em vez de fazerem um feirão desses que ilude o povo que está em busca da casa própria. Nesse feirão havia casas no valor de 3 mil a 300 mil reais. Eu queria ver essa casa de 3 mil reais, que estava em hasta pública nesse feirão. Nada contra o feirão, só vamos dar ao povo a opção de mais lucidez.

Eu espero que esse CREA, ao entrar nesse Conselho, substitua todos os outros órgãos que também representa. Vamos diminuir o número de conselheiros, vamos simplificar mais os conselhos, em vez de ficarmos, cada vez mais, incluindo. Poderia inventar outros órgãos para, de repente, granjear mais simpatias eleitorais. Muito obrigado, Sra. Presidenta.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje, eu deveria estar razoavelmente satisfeito, porque a Pauta, mesmo considerando três dias de Pauta, só tem quatro Projetos. Mas hoje parece ser o meu dia de contrariedades. Primeiro, a minha contrariedade com o Presidente da Casa que não repôs nos salários dos servidores da Casa aquilo que deveria ter acontecido em razão dos doze meses, de maio a maio. Mas não foi culpa dele! O Plenário só o aprovou no dia 25, e o pagamento saiu no dia 26. Então, não foi culpa dele.

Mas há a minha contrariedade com o Prefeito, este, sim, que prometeu - está na Lei - que serão reajustados com periodicidade anual na data-base do reajuste em maio de cada ano, com base nas perdas inflacionárias do período. E os municipários não foram aquinhoados com esse direito da Lei, talvez porque o Prefeito vá dar mais do que os valores definidos pelo IPCA.

Mas, também, há a minha contrariedade com os dois Projetos do nobre Ver. Carlos Atílio Todeschini, que, como eu, foi Diretor do DMAE. Eu fui Diretor do DMAE por duas vezes e presidi o Conselho Deliberativo com nove conselheiros. Já era um problema sempre reuni-los, e difícil debater. Agora, depois que eu saí, já passaram para 13 e, agora, o Ver. Carlos Todeschini quer que sejam quatorze. O Conselho do Departamento Municipal de Limpeza Urbana - eu não sei quantos eram no início -, hoje, tem 15 conselheiros, além do Diretor, e ele quer que passe para dezesseis. Mas o Ver. Todeschini quer que seja incluído o CREA. Bem, eu sou registrado no CREA, com o nº 10.002, e depois de pagar durante 40 anos, o membro torna-se jubilado. Eu não pago mais. Assim acontece, também, na Sociedade de Engenharia; lá eu não tenho número, mas não pago mais mensalidade, nem anualidade. Agora, no Conselho do Departamento de Limpeza Urbana, tem a Sociedade de Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul, que, está incluída no CREA - Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia; tem a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que forma todos os tipos de engenheiros, conforme diz o Ver. Carlos Todeschini na sua Exposição de Motivos; e tem a Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul, que tem todos os tipos de engenheiros e mais os arquitetos, também.

Então, eu não sei por que seria importante mais o CREA. Nós temos, hoje, no DMAE, 13 e passaria a ter 14 conselheiros; no DMLU, 15; e passaria a ter 16 conselheiros. Eu sou partidário da simplificação: quanto menos tiver, melhor. Quando nós tínhamos 21 Vereadores, nós trabalhávamos muito melhor do que com trinta e seis! Quando a Câmara não tinha 513 Deputados, eles trabalhavam muito melhor! E até o atual Presidente da República disse que tinham 300 picaretas lá! Agora, eu não sei se são 300 mensaleiros ou picaretas, mas são pessoas que desconsideram o que o povo deseja e votam contrariamente à vontade do povo!

Então, eu não acho que ampliar o número de conselheiros vá trazer qualquer benefício para a Cidade ou qualquer benefício para a direção do DMAE ou direção do DMLU! Se eu achasse assim, eu estaria na primeira linha defendendo. Portanto, como eu disse que hoje é o meu dia de contrariedades, mais uma contrariedade: sou contrário aos dois Projetos do Ver. Carlos Todeschini. Só não sou contrário ao meu amigo, Ver. Bernardino Vendruscolo, que disse que o meu discurso foi meio, meio. Mas não faz mal nenhum, ele é meu amigo, não tem problema nenhum. Saúde e PAZ! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): Solicito à Verª Maristela Maffei que assuma a presidência, para que eu possa fazer o meu pronunciamento, uma vez que estou inscrita para discutir a Pauta.

 

(A Verª Maristela Maffei assume a presidência dos trabalhos.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Maristela Maffei): A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Querida Verª Maristela Maffei, ao contrário dos posicionamentos do Ver. João Antonio Dib e do Ver. José Ismael, eu creio que os Conselhos são importantíssimos para o governante; não apenas os Conselhos, mas outros instrumentos de consulta à comunidade, como o Orçamento Participativo, as Conferências, os Fóruns, enfim, tudo que faça com que o gestor possa ouvir a comunidade. Então, eu quero me referir aos dois Projetos do Ver. Todeschini, em que ele propõe que o CREA possa compor o Conselho do DMAE e do DMLU.

 

O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite um aparte?

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Pois não, Ver. Todeschini.

 

O Sr. Carlos Todeschini: Obrigado, Verª Margarete. Eu estava ouvindo a fala, a manifestação do Ver. João Dib e me surpreendi porque ele tem uma posição contrária à inclusão do CREA. Eu não vejo motivação do por que ser contrário, uma vez que é um desejo do próprio CREA ingressar. Não há custo para o Município, e nunca houve problema de quórum. Parece-me que a manifestação do Ver. João Dib se daria em função de que é muita gente. Não. Quanto mais controle social houver, e por se tratar de uma entidade balizada, com a qualidade que tem o CREA, eu acho que ela é muito bem-vinda, na medida em que poderá auxiliar muito no aperfeiçoamento da democracia e do controle público. Obrigado, Vereadora.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Agradeço a manifestação. Eu creio que não dá apenas para ampliar os Conselhos, a não ser que haja critérios, ou seja, que essas figuras tenham representatividade, que sejam especialistas, que sejam qualificadas, o que é o caso do CREA: Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Às vezes, um gestor que fica muito tempo no seu gabinete não consegue enxergar aquilo que é externo. Por exemplo, no caso do DMLU, eu creio que o Conselho não vá mudar nada, mas o DMLU é um órgão que, agora, vai na esteira da privatização e que, talvez, até por uma linha do Diretor-Presidente, Garipô, ele está deixando a Cidade insuportavelmente suja. Eu nunca vi Porto Alegre neste estado em que ela está. Basta a gente olhar para o lado. Então, quem sabe o Conselho do DMLU consiga fazer com que o seu Diretor-Presidente mude essa linha, porque, infelizmente, há um retrocesso muito grande no serviço que o DMLU presta nesta Cidade.

Queria dizer ao Ver. Sebenelo que eu nunca ouvi o Presidente Lula falar em Orçamento Participativo, porque ele considera uma concepção muito difícil transpor o Orçamento Participativo em nível federal, num país com o tamanho do Brasil. Eu, uma simples Vereadora, discordo do Presidente, eu acho que deve haver outros instrumentos no próximo Governo para trabalhar diretamente ouvindo o povo. Mas o que eu estranho é que esses Vereadores da base aliada que estão nesta Casa, que demonstravam verdadeira aversão, verdadeiro ódio pelo Orçamento Participativo, agora apóiam o Orçamento Participativo, vão nas reuniões do Orçamento Participativo e ainda se utilizam do Orçamento Participativo como desculpa para não ter recursos para alguma coisa. Isso é que é de admirar!

 

O Sr. João Bosco Vaz: Eu não ia e não vou! Mantenho a minha coerência!

 

A SRA. MARGARETE MORAES: V. Exª mantém a coerência!

 

O Sr. Raul Carrion: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Rapidamente, Verª Margarete, quero lembrar que o Presidente Lula tem caracterizado o seu Governo pelas inúmeras Conferências Nacionais, ou seja, por outros mecanismos de participação popular. Só nas duas Conferências Nacionais das Cidades, a primeira envolveu mais de 300 mil pessoas, e a segunda, o equivalente. Conferência do Esporte, Conferência da Saúde, Conferência dos Indígenas, Conferência dos Negros, e assim por diante. Portanto, esse espírito da participação está presente no Governo Lula.

 

A SRA. MARGARETE MORAES: Mas pode ser aperfeiçoado.

Enfim, eu gostaria muito de parabenizar o Ver. Todeschini por essa sua bela idéia de fazer com que esses dois Conselhos sejam compostos por esse órgão, que é o CREA, que é extremamente legitimado, consolidado, e que tem tudo para contribuir com a cidade de Porto Alegre. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

(A Verª Margarete Moraes reassume a presidência dos trabalhos.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Vereadora-Presidenta dos trabalhos, Margarete Moraes, colegas Vereadoras, colegas Vereadores, público que nos assiste, venho aqui num primeiro momento falar e fazer a defesa dos dois Projetos apresentados pelo meu colega de Bancada, Engenheiro Agrônomo Ver. Carlos Todeschini. Obviamente que, quando eu digo isso, já é em contrariedade a outro meu colega engenheiro - somos três engenheiros nesta Casa -, Ver. João Antonio Dib, que contesta a disposição que o Ver. Todeschini apresenta, para que faça parte dos Conselhos Deliberativos do DMLU e do DMAE, ou seja, limpeza urbana e água, o nosso Conselho de categoria, que é o Conselho de Engenharia e Arquitetura e Agronomia, pois, se esse órgão congrega toda a categoria técnica que analisa, que discute, que verifica o tema da engenharia no Rio Grande do Sul, Ver. João Antonio Dib, nada mais justo que eles estejam sentados nos conselhos dessas autarquias, levando lá um ponto de vista para fazer a discussão, inclusive para dirimir algumas dúvidas trazidas aqui a esta Mesa, entre elas a do Ver. José Ismael Heinen, dizendo que os programas do Governo Federal não funcionam na Habitação. E é um equívoco o que ele diz, porque pela primeira vez na história deste País está tendo muito dinheiro para a Habitação popular. Se não houver organização de base, se não houver organização das associações, das cooperativas, das entidades, não vai levar esse recurso, é verdade. Isso está correto. Inclusive, já convidei não só o Ver. Ismael como os demais para fazer parte do Comitê de Acompanhamento de Aplicação dos Recursos do Governo Federal para Habitação em Porto Alegre, que se reúne de 15 em 15 dias lá na Caixa Econômica Federal, para identificar onde estão esses estrangulamentos. E muitos deles estão onde? Dentro do órgão público municipal, que é onde se dá o trâmite do Projeto de Lei, a aplicação, a análise dos Projetos.

Portanto, quando nós temos um Conselho como o CREA fazendo parte dessas autarquias municipais, no mínimo, nós podemos trazer um olhar sob o ponto de vista do olhar técnico, sob o ponto de vista do olhar da dinâmica da engenharia, da capacidade de gestão, para fazer essas análises.

Então, eu cumprimento o Ver. Todeschini por esses dois Projeto de Lei determinando que o CREA faça parte do Conselho do DMLU e do Conselho do DMAE, porque, mais uma vez, nós temos grandes projetos que são desenvolvidos e aplicados, e esse olhar só vai qualificar e democratizar a cidade de Porto Alegre, ainda mais que é a Capital da democracia participativa mundial.

O outro Projeto, de autoria da Angélica Konzen - que é Suplente de Vereador nesta Casa -, institui no âmbito municipal de Porto Alegre o Programa de Incentivo e Qualificação Profissional para Catadores e Recicladores de Lixo, e dá outras providências. A iniciativa da Vereadora, aqui, é ótima. Mas ela está na contramão, inclusive do seu Governo, porque a lógica do Governo Municipal, ao fazer a privatização dos serviços do DMLU, é desconstituir toda a rede de reciclagem e coleta seletiva existentes.

Portanto, este Projeto aqui apresentado, que cria o Programa de Incentivo e Qualificação Profissional para Catadores, Ver. Ervino Besson, vai colocar em risco - inclusive, está colocando em risco -, a política do Executivo Municipal e que os catadores fiquem sem a reciclagem. Quero dizer que o Projeto da Vereadora é bom, mas está na contramão da política municipal neste momento. Estou trazendo isso para discutir, porque a privatização do DMLU, como está sendo apresentada, vem em detrimento dos catadores e dos galpões de reciclagem.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: Tenha a bondade, Ver. João Antonio Dib.

 

O Sr. João Antonio Dib: Nobre Ver. Comassetto, V. Exª inventou uma privatização, aí. Hoje, V. Exª está muito inspirado!

 

O SR. CARLOS COMASSETTO: A minha inspiração é qualificada pelas suas provocações, Ver. João Antonio Dib. Quero-lhe dizer mais sobre a proposta para fazer a privatização do lixo: hoje, nós pagamos 28 reais por quilômetro de varrição; a proposta para igualar a Curitiba e Salvador, por exemplo, eleva para 58 reais. Eu quero saber quem vai pagar esta diferença. Não quero que os que defendem uma participação democrática nesta Cidade arquem com mais esse aumento. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. Dr. Goulart, Presidente desta Casa, está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. GOULART: Srª Presidenta, Verª Margarete Moraes; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, traz-me a falar, em nome da minha Bancada, um momento de certa perplexidade que nos causou essa obra de arte colocada no Tribunal de Justiça. Ainda bem que o Tribunal de Justiça colocou aquela obra de arte num lugar em que as pessoas não conseguem acessar direito, não conseguem enxergar direito. Já foi, talvez, com um pouco de culpa que foi colocado o painel das personalidades que estão, com justiça, colocadas ali; mas com uma justiça dúbia, porque traz um viés ideológico, onde a Justiça deveria ser cega, onde a deusa Themis carrega a neutralidade da sua arte como uma carranca, tomando conta do navio, que é o Tribunal de Justiça.

Falta alguém, está faltando alguém naquele painel. Falta Loureiro da Silva? Falta Loureiro da Silva, o grande Prefeito desta Cidade. Mas falta o grande Presidente desta Nação, completamente injustiçado pela Pátria - não pôde nem morrer na Pátria! João Belchior Marques Goulart, o Presidente do salário mínimo, o Presidente que não precisava se aproximar da corrupção para manter o seu poder, uma vez que vinha de classe abastada, mas que se preocupava com quem? Com os trabalhadores. Como Ministro de Getúlio, elevou o salário mínimo em 100%, e foi derrubado pelos Generais no famoso Manifesto dos Generais. Quando Vice-Presidente de Juscelino Kubitschek, a quem suplantara em 600 mil votos na eleição como Presidente, fez com que valesse o poder de compra do salário mínimo, única contrapartida que exigia do Governo desenvolvimentista de Juscelino Kubistschek. E, quando ele se tornou Presidente, queria que o salário mínimo pudesse comprar 200 quilos de proteína por mês para manter o desenvolvimento intelectual e a saúde do povo brasileiro.

O Presidente João Goulart não está entre as 88 figuras desta terra - ainda bem que bem distante, bem longe; os nossos filhos não vão perguntar quem são, porque quem projetou essa obra de arte colocou nos confins - muito longe! -, no Palácio da Justiça, muito longe. Não tem, ou tem?

Nós temos, então, em contrapartida, um viés ideológico de uma capixaba, não de um gaúcho, porque um artista tem que ser um homem neutro, ele tem que ser cidadão do mundo. Ele não pode, como quis, colocar os três Presidentes discutíveis porque militares; ali estão colocados os três Presidentes gaúchos que serviram a um momento que não é considerado pela História como democrático, em cima do último Presidente trabalhista do Brasil, Presidente democrático, João Belchior Marques Goulart; lá estão os três Presidentes militares. E tem mais, ele também negou a Revolução Farroupilha, um capixaba, um homem do Espírito Santo, que não é um artista internacional e convencional; ele é um artista que tem viés; ele resolveu fazer também uma homenagem a quem lutou contra a Guerra dos Farrapos, a um dos chefes do Império, que aqui trabalhava, que foi o Conde de Porto Alegre.

Então, meus senhores, é com muita tristeza que eu vejo que não está ali o Prefeito de Porto Alegre, o grande Prefeito de Porto Alegre, e não está o último Presidente trabalhista do Brasil, João Belchior Marques Goulart. Aquele Palácio que se diz, se chama o Palácio da Justiça, mas, certamente, há de ficar para o resto da história como o “palácio da injustiça”, da injustiça contra o Presidente que morreu no exílio, que deveria ali estar, porque se preocupou com seu povo, se preocupou com a justiça social. João Belchior Marques Goulart foi esquecido na obra desse artista, foi esquecido pelo Tribunal de Justiça, que vai aproveitar a moda e dizer que não sabia de nada. O Tribunal de Justiça não poderia interferir em todos, mas esqueceu do Presidente gaúcho; isso não pode ser tolerável.

Espero que se faça algum movimento, os trabalhistas. Trabalhadores desta terra, vamos fazer uma pressão muito forte, para que, em algum ponto do Palácio da Justiça, que está sendo o “palácio da injustiça”, esteja a face, o busto, a lembrança do grande Presidente morto no Exterior, João Belchior Marques Goulart!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTA (Margarete Moraes): O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma Srª Presidente, nobres Pares, há tanta coisa para comentar, mas quero, rapidamente, fazer algumas indagações sobre o que o nobre colega Comassetto colocou a respeito da Habitação. Tenho saudade do tempo do BNH. Hoje estamos tentando imitar. Mas eu quero só fazer uma pergunta para o nobre companheiro: cinco mil inscrições novas para o PAR no Feirão da Casa Própria. O nobre colega deve estar no seu gabinete recebendo os mesmos telefonemas, os mesmos sites que estou recebendo, as mesmas comunicações que estou recebend; e aqueles que estão há 10, 15 anos esperando a casa própria, como é que ficam? As cooperativas montadas, que têm que fazer a poupança própria, ficaram fora desse processo. Só esta pergunta: e aqueles que estão esperando há quatro, cinco, seis, oito, dez anos, a sua casa própria? O jornal aqui falou que havia gente esperando há 20 anos. Então, não adianta abrirmos inscrições; nós temos é que fazer, e a maneira mais rápida de fazermos, ninguém vai me provar o contrário, é via cooperativismo, com Caixa Econômica Federal, Governo Municipal, Estadual, e a participação do próprio cooperativado.

Mas, lendo o jornal Correio do Povo, eu fiquei muito preocupado, mais uma vez, porque o Ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro - há tantos Ministros neste Governo que a gente não sabe nem dizer o nome de todos, muito menos as Pastas que ocupam -, propõe, no discurso, a redução drástica, vejam os senhores, de despesas da União. Parece uma coisa saudável. Quando eu li isso, pensei que estava mudando a filosofia do PT! Mas continuei a leitura e me decepcionei: “Com cortes de salários, pensões e aposentadorias, alterando o conceito arcaico de direito adquirido”.

Meus amigos, redução drástica das despesas da União. Novamente, quem vai pagar, conforme esse Ministro, são os aposentados, que trabalharam, que ganharam os direitos adquiridos com o seu suor, com o calejamento de suas mãos. Eles, novamente, querem assacar o aposentado; não basta já terem quebrado o direito adquirido dos aposentados e lhes tirado 11,5%. Eles não precisam reduzir o imposto do funcionalismo público federal. Eles, apenas, não estão repondo. Foi de 0,01% o último aumento; isto me preocupa, porque parece que a terceira idade - a boa idade - na filosofia do PT, está fadada a ir ao matadouro. Quando mais precisam, quando mais o povo precisa, mais é desassistido; por mais que ele trabalhou, menos direito ele vai ter, pelo que está escrito aqui - nobre colega do PT, que tenta interferir - no jornal Correio do Povo de hoje.

E, para completar, há mais uma pérola maravilhosa: “Verbas beneficiam governistas”. Isso fere o princípio republicano, a ética e a moral da política, que a gente ouvia, nas oposições, falarem que eram necessários. (Mostra jornal.) “Apadrinhados do PT recebem o dobro, o triplo, quatro vezes mais verbas para distribuírem para pequenas Prefeituras, em troca de votos, do que os outros Parlamentares, que não se dobram à espinha do PT.”

Entre dez Parlamentares - nobre Verª Manuela d’Ávila, que tenta me atrapalhar no discurso; isso não me atrapalha, é uma maneira elegante de V. Exª não querer externar a verdade - que mais receberam recursos da União, ainda consta o Sr. Valdemar da Costa Neto, do PL, e Severino Cavalcanti.

 

(Aparte anti-regimental do Ver. Carlos Todeschini.)

 

O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: É coisa da revista Veja? Não está na Veja; está no jornal Correio do Povo, publicado no SIAF; são dados, nobre colega, Ver. Todeschini, do SIAF. Isso não é mentira, são dados do próprio Governo dos quatro primeiros meses, sem Orçamento aprovado. Sem Orçamento aprovado, gastaram quatro vezes mais, relativo aos quatro meses do ano passado. Obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLAUDIO SEBENELO: É uma pena que a Verª Maristela Maffei não se encontre aqui, porque ela falava com mais “realismo que o rei”; ela é mais Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores do que de outros Partidos. Aliás, eu pensei que ela fosse Líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores tal a veemência do seu discurso, e a escolha de um Presidente... Eu tenho de usar um pouco da ironia, de um brilho fantástico desse Presidente magnífico que diz: “Tem uma ‘cosa’, tem uma ‘cosa’”. Ele fala erradinho, charmosamente, eles fazem charme da ignorância. Pois é esse o Presidente do Partido dos Trabalhadores, mesmo tendo contra si uma queixa-crime da OAB, catalogado como indiciado na formação de uma das maiores excrescências criminais da história do País, o “valerioduto”, está ele diretamente incriminado pela Ordem dos Advogados do Brasil. E é inesquecível para o País a festa das hostes petistas e dos seus associados.

Eu me lembro de uma intervenção do Ver. Raul Carrion, dizendo: “Ah, que bom, hoje a OAB desistiu do impeachement do Presidente Lula”, como se ele fosse inocente, mas apenas o indiciou. Esse é o homem que é defendido em um programa do Partido, e hoje nós vemos as promessas; o jornal Folha de São Paulo traz estampadas as promessas de campanha: os 10 milhões de empregos, os 10 milhões de assentados. E, depois de quatro anos, agora é que vão ver que precisam tomar uma série de medidas. Então, vão reeleger para Presidente da República esse mesmo Presidente que tanto infelicitou este País.

E o que é pior: hoje, todos os aposentados brasileiros são possuídos da maior indignação pela diminuição dos seus rendimentos. Cem por cento dos aposentados brasileiros estão com diminuição dos seus rendimentos. Hoje, além dessa tragédia brasileira, do elogio à ignorância, há a adesão dos órgãos oficiais à criminalidade. E aí, então, nós vemos essa crise brutal que acontece no País de criminalidade e violência, patrocinadas por um agente que deveria ser o seu repressor maior, o próprio Governo. E aí, então, evidentemente, fica muito difícil de defender essa miséria econômica que nós vivemos. Os Estados vivem à míngua, todos eles passando pelo Planalto “de pires na mão”, pedindo esmolas para poder empatar o seu Orçamento; qualquer Estado brasileiro, hoje, está nessa situação. E vemos que, evidentemente, quando tem grandes negócios, de grandes vultos, por exemplo, a duplicação da BR-101, há uma prodigalidade muito grande e uma pressa muito grande do Governo.

Não que o Partido dos Trabalhadores não tenha gente decente e competente. Eu mesmo sou o primeiro a elogiar, por exemplo, a nossa 3ª Perimetral. Hoje, Porto Alegre tem uma das grandes soluções viárias, a primeira grande solução viária em 16 anos, com a 3ª Perimetral. E eu vou elogiar sempre! O que acho é que, às vezes, eu vejo o ímpeto representativo, mais do que representativo, artístico; mais do que artístico, muitas vezes farsante, uma farsa que se representa aqui nesta tribuna, quando há uma defesa dizendo: “Olha, o Governo vai fazer um ‘pacotão’”. Mas nós temos “pacotes”, “pacotes” e “pacotes” e não recebemos um tostão até agora. “A falta de moradia vai ser solucionada com o financiamento pela Caixa”. Mas leva-se vinte anos para se ter uma casa. A Caixa Econômica Federal, homenageada aqui como uma grande “banqueira”, que extorque e suga a população brasileira, que se locupleta loucamente de loterias, que é uma das instituições bancárias que já teve um dos maiores prestígios na história deste País, hoje, muitas vezes nos causa vergonha, inclusive por estar envolvida no “valerioduto” e nesse escândalo todo que é este Governo do Presidente Lula; foi homenageada aqui, e reuniram por conta do dinheiro da CEF para um belo almoço no hotel Plaza São Rafael. Fomos convidados, mas todos nós nos recusamos a ir, porque essa mesma instituição, que foi dito aqui que vai dedicar uma grande quantia em dinheiro para a nossa moradia, não tem uma política de moradia, cobra juros extorsivos, insuportáveis, e, quando terminarem os 20 anos de pagamento da prestação, a pessoa estará devendo o dobro do valor da casa.

Esse é, indiscutivelmente, um Governo que é muito difícil de ser defendido e, quando o é, é feito dessa forma. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. ADELI SELL (Requerimento): São solicitadas diligências em vários Projetos nossos, e como não há um procedimento sobre essa questão... Tenho um Projeto, o qual considero fundamental no meu trabalho, que foi para diligência devidamente assinado no dia 2 de março de 2006, e não vejo este Projeto voltar à Câmara. Inclusive, na minha Comissão, quando estive na Presidência, há alguns dias, porque a Vereadora não estava, neguei diligência, porque vejo que os nossos Projetos vão para diligência e não voltam. Gostaria que V. Exª tratasse disso com o respectivo setor da Prefeitura, para que o nosso Projeto volte à Casa. Quem vai decidir sobre os Projetos é a Câmara, e não a Prefeitura.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Não tenho recebido maiores queixas nesse sentido. Acato a sua queixa com a importância que tem, e solicito à Diretora Legislativa que faça uma diligência sobre isso e nos informe o mais breve possível.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; venho a esta tribuna, Vereador, não tentar fazer defesa de algumas críticas que sofri hoje por parte de alguns Vereadores nesta tribuna, que não entenderam o meu pronunciamento, até porque a própria Verª Maffei fez uma crítica e justificou que o Vereador tem liberdade de se pronunciar. Mas, então, não tem sentido, eu não teria liberdade de me pronunciar também?! Se nós formos levar a crítica pela crítica, não vale a pena. Eu também a admiro muito, e não é por aí.

O próprio Ver. João Dib me “deu um puxão de orelha” no período de Pauta. Aí, eu fui olhar para ver se tinha alguma coisa escrita em Pauta nesse sentido. Mas faz parte. Às vezes, na emoção, nós acabamos atropelando um pouquinho os regramentos. O próprio Presidente, Dr. Goulart, hoje, fez longa crítica ao Governo do Estado, e eu procurei no Regimento e não encontrei o tempo regimental que o Presidente usou. Mas, aí, conhecendo a preocupação do nosso Presidente com a Saúde Pública, entendi a sua emoção. Quando trabalhamos e agimos com emoção, nós atropelamos os regramentos e temos que ter um pouquinho de compreensão.

Confesso que vou levar o pronunciamento do nosso Presidente e do Ver. Comassetto para ter responsabilidade na resposta. Vou tentar buscar respostas para os pronunciamentos de V. Exas. hoje. Seria muito fácil vir aqui de forma irresponsável e responder. Não. Farei com responsabilidade em outra oportunidade. Já tirei cópia dos seus pronunciamentos, para que possa responder, quem sabe, amanhã ou depois. Mas responderei. Ver. Comassetto, V. Exª, falando dessa forma, me faz lembrar do SNI e do AI-5 - Ato Institucional nº 5. (Mostra o jornal.) Isso aqui é a mesma coisa do AI-5. Isso aqui sufoca também.

Quero dizer - e aí não declino o nome do Vereador, porque foi feito o pronunciamento aqui -, que se prende alguém em flagrante delito ou por ordem judicial. Então, se prende alguém em flagrante delito por ordem judicial! Não queiram pensar que eu esteja justificando esse crime bárbaro que aconteceu nesta Cidade, em que esse criminoso praticou dois crimes seguidos. Tenho certeza absoluta de que, se as autoridades tivessem segurança sobre a autoria, teriam prendido, sim, mas com autorização judicial. Era isto, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Ver. Bernardino Vendruscolo.

O Ver. Raul Carrion está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Dr. Goulart, demais Vereadores e Vereadoras, eu queria, em primeiro lugar, começar fazendo uma referência ao 2º Feirão da Caixa da casa própria, aberto na sexta-feira, quando eu tive a honra, meu Presidente, de representar esta Casa, e lamento falas, aqui, de quem, talvez, não apareceu lá, Ver. Comassetto. O 2º Feirão, ao contrário do que afirmou o Ver. Ismael, foi um grande êxito, mais de 25 mil pessoas compareceram; foram 5 mil negócios encaminhados, no valor de 30 milhões; outras 4 mil transações, no valor de 100 milhões; e, Ver. Ismael, crédito solidário, que envolve associações, cooperativas, 107 contratos.

Mas não é só isso, conforme as notícias que vêm, fora o pacote habitacional de 20 bilhões de reais anunciados em abril, no primeiro quadrimestre, 2,2 bilhões do Fundo de Garantia já foram liberados para a habitação, sendo 40%, Ver. Ismael, para a habitação popular, e 60% para financiamento na compra de imóveis usados e reformas. A Portaria do Ministério autorizou transferência de um bilhão do Fundo de Garantia para o Fundo de Arrendamento Residencial para irrigar o nosso PAR - Programa de Arrendamento Residencial. E, por fim, o Governo Lula já destinou 890 milhões do Fundo Nacional de Habitação de interesse social para a Habitação, sendo 840 milhões em programa de urbanização de favelas, e o restante para a Habitação popular. Nunca se fez isso no Brasil, nunca se teve tanto dinheiro público para habitação dos pobres, mas os ricos não gostam, e aí ficam, ainda, criticando.

E é importante dizer, o Ver. Ismael fala que foi destinado para a base do Governo, mas foi destinado para o PMDB, destinado para o PTB, destinado para o PL. Isso é base do Governo; está todo o dia aqui o Ver. Melo “batendo pau” no Governo Lula; o PTB “dando pau” no Governo Lula.

Mas não foi só isso. Só aqui para a Zona Sul, no Feirão, 700 moradias com dinheiro da Caixa Econômica. E o Sebenelo ainda é contra. Essa gente não quer que a gente governe! É isso! E tem mais, o pacote agrícola vai envolver 75 bilhões: 10 bilhões para a agricultura familiar; 50 bilhões em créditos para a nova safra; 11 bilhões em renegociação da dívida dos caloteiros do campo, inclusive dando 180 dias para inscrever na dívida ativa; 2 bilhões para recurso em capital de juro. Isso é Governo!

Tudo isso - Verª Celeste, que me observa com atenção -, apesar da oposição irresponsável só ter votado o Orçamento da Nação em abril. E agora eles dizem que é açodamento por gastar. Durante quatro meses, não votaram o Orçamento, impedindo o Governo Lula de governar. Tão logo votaram o Orçamento, estão aqui os frutos.

Mas eu não vou falar só de coisas boas, vou falar também no que tem saído na imprensa. (Lê.): “Justiça manda ex-Prefeito tucano devolver 150 mil aos cofres públicos; Brasil recupera 1 milhão de dólares que o ex-Prefeito de São Paulo teria enviado para as Ilhas Cayman.” A outra notícia fala em 2,3. Sabe quanto que o Maluf e o Pitta desviaram para os paraísos fiscais, Ver. Dib? O seu ex-Presidente, Ver. Dib, V. Exª que fala aqui em moralidade. Veja bem, só o Pitta e o Maluf desviaram 240 milhões, estimados.

A imprensa continua. (Lê.): “Polícia pede prisão de assessor de tucano.” Um, o Prefeito tem que devolver, o outro o assessor vai ser preso. Mas tem mais. (Lê.): “Lista detalha envio de dinheiro dos sanguessugas; empresa suspeita de comandar esquema dos sanguessugas registrou o pagamento a 13 parlamentares.” Quem são eles? Quem são eles? Vejam bem, do PMDB, Ver. Bernardino, dois sanguessugas; do PTB, Ver. Elói, que às vezes vem falar contra o Lula, três; do PP, Ver. Dib, que também dá uma de moralista, três; do PL, dois; do PSDB, um; do PSC, um. E essa gente ainda que vem posar de vestal da moralidade. Por isso, o povo está dizendo: é Lula no primeiro turno e, do tucano, cortaram as asinhas dele. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, vim aqui falar de uma série de políticas extremamente importantes para a nossa Cidade, mas quero dizer que fiquei estarrecida com o discurso do Ver. Raul Carrion, porque a moralidade tem que ser uma exigência para todos; a boa versação do dinheiro público é uma obrigação de todos os Governos - da direita, do centro, da esquerda - e nada justifica a corrupção, a imoralidade pública. A história de Partido nenhum lhe dá o direito de, quando chegar no Governo, roubar, ser corrupto, criar quadrilha; nenhum Governo tem esse direito, nem de direita nem de esquerda.

Eu acho que é uma coisa extremamente impressionante quando se discute que se um Partido rouba, ele deve, ele pode e o outro não. A ética não tem Partido, a moralidade pública não tem Partido, a luta contra a corrupção tem que ser uma luta de todos, independente das siglas dos Partidos que estão no Poder, porque senão teríamos justificativa. Se o Partido é da esquerda, então está imune ao julgamento, à Justiça? Eu fico impressionada, porque isso é uma coisa, inclusive, que destrói a imagem dos setores democráticos e progressistas, destrói a esperança, destrói inclusive a credibilidade do povo nos seus governantes. Eu acho que é papel de todos os políticos cobrarem de seus Governos e dos Governos dos outros uma gestão ética, uma gestão transparente. É indefensável qualquer Governo que se apropria do dinheiro púbico, que bota a mão no caixa- dois, que faz corrupção para se eleger. Qualquer Partido, qualquer Parlamentar, qualquer Governo tem a obrigação de ser ético e não ser corrupto.

Não posso me permitir ficar quieta, infelizmente, não consigo ficar calada quando escuto uma pessoa justificar, porque o Maluf roubou o Lula pode roubar? Nem Maluf pode roubar nem Lula pode roubar, ninguém pode roubar dinheiro público, Vereador. É inadmissível esse tipo de argumentação. Não é possível que possamos conviver com um discurso que justifique um Governo que faz corrupção pelo fato de esse Governo se chamar Partido dos Trabalhadores. Não é possível isso! A moralidade pública tem que ser para todos, independente da sigla.

Eu não posso ver uma pessoa com a trajetória democrática e de esquerda tentar justificar isso. A moralidade pública, a ética, a transparência, a não-corrupção é uma obrigação de qualquer Partido, de qualquer Governo, e nada justifica uma atitude de apropriação privada daquilo que é público. Nenhum Partido, por mais história que tenha tido no passado, pode se apropriar da coisa pública e justificar isso porque ele tem história. A história não garante a moralidade da gestão, isso é fundamental. Nem da direita, nem do centro e nem da esquerda; a coisa é pública, é isso que se garantiu para o Estado republicano e, se nós não defendermos isso, nós estamos garantindo retrocesso da história brasileira após a República.

É muito grave um discurso que justifique a corrupção em cima da história do Partido porque esse Partido está no Governo.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, há um princípio apropriado que diz que um erro não justifica outro. O que faz o eminente Ver. Raul Carrion é tentar, aqui na tribuna, justificar a corrupção dos seus com corrupções havidas. É esta a síntese do pronunciamento do Ver. Raul Carrion: justifica a sua corrupção com a corrupção existente e havida no Governo do Presidente Lula.

Bem, olha, não há registro, na história republicana, de um Governo que imergiu de tal forma na corrupção como o Governo do Partido dos Trabalhadores! E, de pronto, se informem, não se tem notícia, na história da República - busque-se a História e seus registros! Caíram os Ministros! Caiu o Ministro-Chefe da Casa Civil; caiu o Ministro das Comunicações; caiu o Ministro A, B, ou C; ficou o Presidente da República! Caiu toda a Executiva do Partido do Governo, a começar pelo Presidente, e o seu irmão produziu aquilo que historicamente se chama e se fala: a “moral de cueca”! Pois a “moral de cueca”, que sempre dizíamos, no passado, o PT promoveu, concreta e insofismavelmente!

Então, se nós começarmos aqui a trazer dados que envolvem o filho do Presidente, olhem só, que envolvem o filho do Presidente; se trouxermos dados aqui do marqueteiro do Presidente da República, que mandou para o Exterior milhões e milhões; se nós trouxermos aqui o “valerioduto”, o Banco Rural, o Banco de Minas Gerais, que inclusive abasteceu o PT do Rio Grande do Sul, cujos dirigentes foram condenados! Só que foi uma condenação risível, com o pagamento de cestas básicas.

Olha, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós tivemos, hoje, aqui na Casa, promovido pelo Ver. Raul Carrion, um espetáculo surrealista, que, efetivamente, faz com que se tenha o princípio concretizado: a corrupção dos outros faz com que o Ver. Raul Carrion não explique, justifique, ou tente justificar, a sua própria corrupção. A sua própria corrupção é a corrupção do Governo, do Partido dos Trabalhadores.

 

(Aparte anti-regimental da Verª Manuela d’Ávila.)

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Não, a sua própria corrupção é a corrupção do Partido dos Trabalhadores!

 

(Aparte anti-regimental da Verª Manuela d’Ávila.)

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: É aliado de Vossa Excelência!

 

(Aparte anti-regimental da Verª Manuela d’Ávila.)

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: O Deputado Roberto Jefferson, o que fez? Denunciou. E, sob a minha ótica, se expia! Denunciou! E dizia - e nós estamos todos lembrados: “Olha aqui Zé Roberto, deixa o Governo! Deixa o Governo, senão tu vais levar junto o Presidente da República!”

O discurso está incomodando! Presidente, o discurso está incomodando, e eu estou com dificuldades.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Eu pediria a paciência do Plenário.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Mas, então, o Ver. Raul Carrion produz, aqui, exatamente aquilo que nós todos sabemos: com um erro justifica outro erro, a corrupção de outros, justificou aqui, é justificativa da corrupção do Governo que ele defende, do Governo de que o seu Partido participa!

Portanto, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, fica aqui a nossa manifestação, no sentido de dizer que na história da República - é só pegar os anais da história, é muito simples: nunca um Governo corrompeu-se de tal forma a ponto de caírem os seus Ministros! O Partido caiu todo, a Executiva caiu toda, Sr. Presidente, Srs. Vereadores! É a velha “moral de cueca”, como se dizia no passado! Pois bem, a “moral de cueca” nós tivemos configurada concretamente de parte do irmão do Genoíno, Presidente do PT, que fugiu para o Ceará com dólares na cueca! Portanto, fica aqui dito que o Ver. Raul Carrion quer, com o erro dos outros, justificar - e justificou - o seu próprio erro. Então, à corrupção se responde com a corrupção!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Ver. Raul Carrion, para esclarecimento, V. Exª dispõe de um minuto.

 

O SR. RAUL CARRION: Ver. Dr. Goulart, eu queria deixar bem claro e esclarecido que, em nenhum momento, no meu pronunciamento, nós justificamos qualquer corrupção, quanto mais minha! Quero dizer que o PCdoB não tem um único Deputado ou Líder político comprometido. A única coisa que nós fizemos foi denunciar a corrupção do PTB, a corrupção do PMDB, a corrupção do PSDB, a corrupção do PFL, a corrupção do PT, e dizer que eles são hipócritas em denunciar qualquer corrupção. Nós somos contra toda e qualquer corrupção.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES (Requerimento): Presidente, na forma regimental, requeiro a V. Exª que faça riscar dos Anais a intervenção intempestiva do Ver. Raul Carrion.

 

O SR. IBSEN PINHEIRO: Peço licença para violar o Regimento também, Sr. Presidente, como fez o Ver. Raul Carrion. Ele que exemplifique como queira, mas não banque a “virgem pura”, acumpliciando-se como está, ao momento mais negro da história republicana.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, eu também não admito que quem está realmente aliado a esse mar de corrupção acuse o meu Partido de qualquer envolvimento neste momento.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

Em votação o acordo deliberado pela reunião de Líderes, conforme segue: Bloco 1: PLL nº 263/05, PLL nº 299/05, PLL nº 308/05, PLL nº 017/06, PLL nº 023/06, PLL nº 026/06 e PLL nº 048/06; Bloco 2: PR nº 159/05, PR nº 009/06, PR n° 014/06, PR nº 017/06, PR nº 026/06, PR nº 038/06, PR nº 042/06, PR nº 059/06 e Requerimento nº 088/06; suspensão da Sessão para realização de Reunião Conjunta das Comissões para apreciação do PLE nº 017/06 e PLE nº 016/06; após, PLE nº 052/04, PR nº 093/05, PR nº 094/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 5589/05 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 263/05, de autoria do Ver. Claudio Sebenelo, que denomina Praça Paulo Geraldo de Castro Delgado um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Jardim Carvalho.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 29-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 6536/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 299/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina os seguintes logradouros públicos cadastrados, localizados no Bairro Lomba do Pinheiro: Rua do Bem Viver e Rua da Boa Querência.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 6748/05 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 308/05, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que denomina Rua Antonio Mafuz um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Partenon.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0581/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 017/06, de autoria do Ver. Luiz Braz, que denomina Rua Alfredo Torres de Vasconcellos um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Agronomia.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 29-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0674/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 023/06, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que denomina Rua João Pedro Pacheco da Cunha o logradouro público não-cadastrado, conhecido como Rua 3034, localizado no Bairro Vila Ipiranga.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 24-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0771/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 026/06, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que denomina Rua Paulo Granato Martins um logradouro público cadastrado, localizado no Bairro Rubem Berta.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 29-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 1126/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 048/06, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que denomina Travessa Ottomar Moreira o logradouro não-cadastrado, conhecido como Beco Um Rua Baias, localizado no Bairro Coronel Aparício Borges.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 29-05-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o Bloco nº 1. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos presentes.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 7397/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 159/05, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que concede o título honorífico de Líder Comunitário ao Senhor Gomercindo Santos Pereira (Seu Gomes).

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Carlos Comassetto: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 29-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0010/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 009/06, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que concede o título honorífico de Líder Comunitário ao Senhor Leonel Lucas Lima.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Carlos Comassetto: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 25-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0017/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 014/06, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, que concede o Prêmio de Ciência e Tecnologia Mário Schenberg ao Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 25-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0022/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 017/06, de autoria do Ver. Adeli Sell, que concede o título honorífico de Honra ao Mérito Policial ao Tenente-Coronel Flávio da Silva Lopes.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

- da CECE. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 22-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0032/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 026/06, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que concede o Prêmio Mérito Sindical ao Sindicato dos Telefônicos do Estado do Rio Grande do Sul – SINTTEL.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 25-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0048/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 038/06, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que concede o Prêmio de Educação Thereza Noronha ao Senhor Ricardo Arthur Fitz.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Carlos Comassetto: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 25-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 0091/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 042/06, de autoria da Ver.ª Maristela Maffei, que concede o prêmio jurídico Otávio Francisco Caruso da Rocha ao Senhor Rodrigo Gonçalves.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 25-05-06.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 1284/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 059/06, de autoria da Ver.ª Manuela d'Ávila, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” à Artista Plástica Carmen Regina Corrêa (Kakita).

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

- da CECE. Relatora Ver.ª Maristela Maffei: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 22-05-06.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. N. 088/06 – (Proc. N. 2841/06 - Ver. Luiz Braz) – que o período de Comunicações, no dia 25 de setembro de 2006, seja destinado a assinalar o transcurso do 50º aniversário da Escola Rainha do Brasil. (incluído em 29-05-06)

 

O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o Bloco nº 2. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Apregoamos o Requerimento de autoria do Ver. Sebastião Melo para a retirada de tramitação do PLL nº 208/03, que dispõe sobre a colocação de avisos e sinalizações adequados aos portadores de necessidades especiais. (Pausa.) Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Sebastião Melo. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Estão suspensos os trabalhos para a realização da Reunião Conjunta das Comissões.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 17h54min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz - 18h08min): Estão reabertos os trabalhos.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. N. 5356/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 052/04, que autoriza alienação de próprio municipal localizado na Rua Professor Carvalho de Freitas, ao lado do n. 480, ao lindeiro Breno Antonio Echeveste Prestes.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, VIII, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 29-05-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLE nº 052/04. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal, por solicitação desta Presidência, o PLE nº 052/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. N. 2919/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 093/05, de autoria do Ver. Professor Garcia, que altera o § 1º do art. 42 da Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre), alterando a forma de divulgação dos pareceres das Comissões.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Carlos Todeschini: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Ver.ª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Maurício Dziedricki: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Aldacir Oliboni: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- discussão geral nos termos do art. 126, § 1º, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 15-05-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PR nº 093/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir.

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. N. 2923/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 094/05, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que altera a redação do inciso IV do art. 30, do inciso IV do art. 31 e do art. 39 da Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores, passando a denominar Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude a atual Comissão de Educação, Cultura e Esportes.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. José Ismael Heinen: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Luiz Braz: pela rejeição do Projeto;

- da CEDECONDH. Relatora Ver.ª Margarete Moraes: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relatora Ver.ª Mônica Leal: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- discussão geral nos termos do art. 126, § 1º, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 29-05-06.

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PR nº 094/05. (Pausa.) Não há quem queira discutir.

Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, dentro daquele acordo estabelecido hoje, pela manhã, com as Lideranças e a Mesa Diretora, nós esgotamos toda a Pauta de hoje para discussão e votação de processos. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h13min.)

 

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